Serafim fala sobre prioridades à frente da Sedecti em entrevista

Secretário da Sedecti afirmou que suas prioridades estão focadas em destravar investimentos, atrair novos empreendimentos e avançar na geração de emprego e renda

O titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa, afirmou que suas prioridades à frente da pasta são com base no que foi pedido pelo governador Wilson Lima, que é destravar investimentos, atrair novos empreendimentos e avançar na geração de emprego e renda. A declaração foi feita, neste domingo (10/09), ao jornalista Neto Cavalcante para o programa Band Entrevista.

“Eu disse ao governador Wilson Lima que contasse comigo. Tudo o que fosse possível fazer eu faria, agora, consciente de que não consigo fazer nada sozinho. Preciso fazer com a equipe que está na secretaria e de outras secretarias também, porque tudo isso tem que ter uma grande articulação, bem como uma parceria com o governo federal e municipal. E é nessa direção que nós estamos trabalhando, para que no final do período que eu fique à frente da secretaria, possa ter um legado para ser apresentado a sociedade”, declara Corrêa.

O secretário conta que ele e toda a equipe da Sedecti estão trabalhando bastante para gerar resultados, como, por exemplo, nos primeiros dias à frente da Sedecti, em que foram aprovados, durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), 48 novos projetos, R$ 671 milhões em novos investimentos e mais de 2 mil empregos gerados.

“Isso, em 12 dias, não seria possível se a equipe que toca a Sedecti, independente de quem seja o secretário, não estivesse trabalhando. E é claro que cabe ao secretário a articulação política, no sentido bem amplo da palavra. E eu tenho procurado fazer o melhor possível para que a gente possa avançar em novos investimentos, para gerar emprego, renda e satisfação social”.

Plano Plurianual

Serafim explicou também que, atualmente, os esforços da Sedecti estão direcionados na área de planejamento, para a apresentação do Plano Plurianual 2024-2027 (PPA).

“Temos que ter um planejamento estratégico que seria para 10, 20, 30 anos, que é algo que também se discute. Então você vê que essa tarefa é muito grande, que não vai ser feita sozinha, porque ninguém faz nada sozinho, você precisa de parceiros, de diálogo, de articulação. Não sou candidato a nada, portanto eu tenho total liberdade para avançar nessas tratativas dando o meu melhor”, revela.

Zona Franca

O secretário Serafim defendeu o modelo Zona Franca e se comprometeu a trabalhar em conjunto com a Suframa em ação compartilhada com o governo federal. E adiantou que já tem dado os primeiros passos com o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva.

“Não podemos abrir mão da Zona Franca de Manaus. Nenhum outro modelo econômico geraria 120 mil empregos diretos e 400 mil indiretos, nem a gama de tributos que tanto o governo federal, estadual e municipal arrecadam aqui nessa região, exatamente em função dos incentivos fiscais. Então, em primeiro lugar, precisamos manter a Zona Franca, estimulá-la, torná-la cada vez mais competitiva com o mundo”, enfatizou.

O titular da Sedecti defendeu também o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) e falou de expectativas que o Governo do Amazonas tem de atrair projetos de bioeconomia. “Nós temos um plano de atrairmos mais indústrias farmacêuticas para cá, nós já temos algumas, mas longe daquilo que se pretende no sentido de melhorar, ampliar os medicamentos fabricados pela Zona Franca de Manaus. No entanto, eu confio muito na ação do CBA, espero que possamos avançar”.

Exportação

Ainda na entrevista, o secretário Serafim foi questionado sobre o evento que participou, em Brasília, do lançamento da Política Nacional de Cultura Exportadora (PNCE), com a participação do ministro Geraldo Alckmin. Ele explicou que o esforço do governo federal é para que a exportação seja descentralizada e que outros estados funcionem, inclusive, lembrou que as exportações daqui de Manaus tem como alvo a Guiana, Venezuela, Colômbia e o Peru, que são mercados consumidores que podem ser atendidos pelas indústrias da Zona Franca de Manaus.

“Claro que isso depende de articulação junto com as empresas. Esse é um trabalho que começa agora e interessa tanto o governo federal via Suframa, quanto o Governo do Estado via Sedecti. Nós estamos imbuídos nesse propósito de agir conjuntamente com o governo federal para atingirmos esse objetivo” destacou.

Serafim lembrou da dificuldade no Brasil na exportação pelo fato de ser muito burocratizada. Ele citou como exemplo a licença que antes a empresa tinha que tirar para cada exportação, agora valem por três anos. Ele revela que algumas medidas do governo Lula e do ministro Geraldo Alckmin foram tomadas para diminuir a burocracia.

“Existem muitos gargalos que precisam ser vencidos e aqui na nossa região esses gargalos são maiores, por exemplo, nós temos dificuldades em logísticas, dificuldades de estradas, de portos, aeroportos, e os nossos parceiros estão na nossa fronteira, mas são fronteiras distantes, que na Colômbia nós chegamos por água, mas Venezuela e Guiana chegamos por estrada e aí nem sempre a estrada está em condições de fazer um transporte rápido. Então são questões que precisam e vão ser corrigidas progressivamente”, enfatizou.

Conectividade

Serafim pondera que uma preocupação de muitos governos e que tem sido do governador Wilson Lima também é o interior do Amazonas. Ele conta que uma das preocupações é a estabilidade energética e a conectividade. Ele citou como exemplo Brasília, que tem 2 mil antenas 5G e Manaus tem 400 antenas. E revelou que tem feito contatos com empresas de serviços de telefonia.

“Esse diálogo vai acontecer, já estão sendo realizados os contatos para que nós possamos nos reunir e avançar. Eles se queixam do custo do licenciamento. Eu não sei até onde isso procede, mas nos próximos dias nós teremos esses diálogos e vamos poder aprofundar e, creio que existe por parte de todo mundo, setor produtivo, de serviços, Suframa, Sedecti, prefeitura, todos estão incluídos no melhor propósito, no sentido de melhorar o ambiente de negócios”, destaca.

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