Pesquisa aponta empate técnico entre Amazonino e Wilson Lima e favoritismo de Lula entre os amazonenses
Além de avaliar o cenário eleitoral para o governo do Amazonas, pesquisa também avaliou a intenção dos eleitores quanto os pré-candidatos à Presidência da República, no primeiro turno
Pesquisa eleitoral divulgada nesta sexta-feira (03/06) pelo Instituto de Consultoria em Ensino e Pesquisa do Amazonas (ICEPAM), aponta que mesmo o ex-governador Amazonino (Cidadania) estando 3,4% a frente do governador Wilson Lima (União Brasil), a distância entre os dois vem diminuindo e eles estão tecnicamente empatados na disputa pelo governo do Amazonas.
De acordo com a pesquisa, realizada, entre os dias 26 de maio e 1º de junho, em Manaus e Itacoatiara, Manacapuru, Parintins, Coari, Tefé, Iranduba e Rio Preto da Eva, o ex-governador Amazonino Mendes tem 29,5%, e Wilson Lima ocupa o segundo lugar com 26,1% da intenção de votos dos eleitores.
O senador Eduardo Braga (MDB) aparece como a terceira opção dos eleitores, ficando com 17,3% do intuito dos votos. Seguindo a ordem de classificação, aparecem o deputado estadual Ricardo Nicolau (Solidariedade) com 4,9%; a defensora Pública, Carol Braz (PDT) com 3,4%; e o ex-deputado federal Henrique Oliveira (Podemos), com 2,6%.
A ainda de acordo com a pesquisa, 10,9% não vota em nenhum dos nomes citados ou preferem votar nulo ou branco. Outros 5,3% não souberam responder. A margem de erro da pesquisa é de 2,23%, com intervalo de confiança de 95%.
Presidência da República
Além de avaliar o cenário eleitoral para o governo do Amazonas, a pesquisa também avaliou a intenção dos eleitores quanto os pré-candidatos à Presidência da República. Nos dois casos, foi levado em conta apenas o primeiro turno das eleições.
Conforme a avaliação estimulada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu 48,4% dos votos, ficando em primeiro lugar na votação. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece com 30,5% dos votos, ficando em segundo lugar no cenário avaliado.
Seguindo o ranking, Ciro Gomes (PDT) surge com 4,3% dos votos e Simone Tebete (PSDB) com 2,3%. A somatória dos dois é inferior ao percentual de eleitores (8,1%) que não votam em nenhum dos candidatos apresentados na amostragem ou preferem votar nulo ou branco. A pesquisa mostrou ainda que 6,4% dos eleitores não souberam dizer em que votar.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, a pesquisadora e empresaria, Erica Lima, essa foi a foi a primeira pesquisa quantitativa registrada para publicação e os pesquisadores passaram por um treinamento minucioso.
“Para a realização dessa pesquisa a gente fez um treinamento com nossos pesquisadores. A gente teve o nosso momento aqui na sede do ICEPAM onde falamos sobre a técnica de abordagem, a importância da amostra fidedigna”, explica.
Segundo a pesquisadora, o trabalho foi realizado de forma minuciosa, baseada em preceitos objetivos e lógicos, bem definidos e organizados, para dar precisão a interpretação da realidade pesquisada.
“Realizamos um trabalho nas seis zonas da nossa capital. Então foi feita uma pesquisa na rua realmente, fazendo abordagem junto à população para que pudéssemos ouvir realmente a população e tentar captar quais as intenções e como está a ideia deles sobre o cenário para as eleições deste ano”, afirma Erica Lima.
A pesquisadora ressalta que, como responsável pelo ICEPAM, acompanha as ações em campo e junto com a equipe e, por conta disso, identificou uma série de fatores que devem influenciar nos resultados de outras pesquisas a serem divulgadas pelo instituto no decorrer do período de pré-campanha e após a oficialização das candidaturas nas convenções partidárias.
“A pesquisa ela é um retrato do momento. Então a gente viu que no primeiro momento houve muitas movimentações no cenário da política, por conta das federações, das alianças partidárias, mas muita coisa ainda vai rolar. Antes mesmo das convenções e a partir delas, quando começar o corpo a corpo dos políticos. Porque até então os candidatos se colocam como pré-candidatos, mas quando eles tiverem realmente como candidatos é que a população vai começar a discutir mais fervorosamente suas intenções”, avalia.