Tenório Telles ganha homenagem no ‘Jardim das Pedras que Falam’, na Espanha

Tenório Telles ganhou uma homenagem em Santiago de Compostela, na Espanha, onde seus versos estão agora eternizados no famoso ‘Jardim das Pedras que falam’.

O verso foi inscrito numa pedra para compor o caminho de poemas de vários outros escritores: “O canto do poeta inscreve-se na manhã:
Pássaros brancos esgrimam com o vento”. O jardim é parte do Parque da Poesia, junto à Universidade de Santiago de Compostela.

O professor, poeta, ensaísta, dramaturgo e crítico literário contou que ficou emocionado com a homenagem:

“A poesia é expressão da vida, do mundo e do ser. O encontro com a palavra poética pode ser transformador. Esse jardim da poesia na Espanha representa isso. Um lugar de interlocução com a poesia. E que bom que estamos lá, divulgando nossa terra”, disse Tenório.

A homenagem é um reconhecimento pelo trabalho do professor pela tradução e divulgação da poesia espanhola no Brasil, com destaque para autores como Antonio Gamoneda e José Ángel Valente.

Para o poeta espanhol Saturnino Valladares (Vaga-lumes ao meio-dia), a inclusão do escritor amazonense neste jardim poético “é um justo reconhecimento a um dos escritores e intelectuais mais importantes do Amazonas”.

“A ninguém que conheça a obra de Tenório Telles pode surpreender este reconhecimento internacional, pois pelo seu extraordinário trabalho como editor, escritor, pesquisador e gestor cultural, é um dos escritores e intelectuais mais importantes da história do Amazonas. No Jardim das Pedras que Falam, em Santiago de Compostela – um espaço dedicado aos grandes poetas do mundo –, nos formosos versos de Tenório Telles se celebra o melhor da poesia do Amazonas.”, disse Saturnino.

O livro a que pertence esse verso é ‘Prelúdio Coral’, editado pela Valer após pandemia de 2020. A obra é uma dessas pérolas literárias que, ao surgir em momentos de tensão social, revela-se como uma metáfora viva da condição humana e busca de compreensão, expressas pelo “canto de um pássaro mudo”, em seu silêncio, potencializando o poder transfigurador da realidade pelas palavras que instiga o olhar, aclara o proposito e desvela a experiência como o espaço do aprendizado e da construção subjetiva do ser.

Os questionamentos, as angústias e a percepção das contradições e a transitoriedade da existência se manifestam no canto do poeta, iluminando os paradoxos da existência e a inevitabilidade do destino.

Para Neiza Teixeira, coordenadora editorial da Valer, professora doutora em Filosofia e autora do livro ‘Para aquém ou para além de nós’, é uma honra e, ao mesmo tempo, motivo de muita satisfação ver que o trabalho está sendo reconhecido.

“É importante, para nós, alcançarmos outros países, levarmos o nosso canto para outro lado do oceano, apresentando e divulgando o que nós criamos aqui no Norte do Brasil”, finalizou Neiza.

Sobre Prelúdio Coral

A literatura, nos tempos claros ou obscuros, é mais que um olhar sobre o mundo, uma construção de palavras – é um diálogo e uma atitude reveladora de caminhos e sentidos sobre a vida e sobre o estar no mundo. Preludio Coral, de Tenório Telles, é um exemplo desse impulso poético que reveste a linguagem e fundamenta toda a criação literária.

Preludio Coral é uma dessas pérolas literárias que, ao surgir em momentos de tensão social, revela-se como uma metáfora viva da condição humana e busca de compreensão, expressas pelo “canto de um pássaro mudo”, em seu silêncio, potencializando o poder transfigurador da realidade pelas palavras que instiga o olhar, aclara o proposito e desvela a experiência como o espaço do aprendizado e da construção subjetiva do ser. Os questionamentos, as angústias e a percepção das contradições e a transitoriedade da existência se manifestam no canto do poeta, iluminando os paradoxos da existência e a inevitabilidade do destino.

Essa iluminação, em Preludio Coral, está na humanidade do ser poético como uma forma singular de sentir a vida e o real, também no despertar da essência vivificadora que move todas as coisas e na maneira como ressignificamos o caos que define o existir humano. O poema “oferenda”, que abre esta reunião, prefigura essas questões, em que o eu lírico, personificado em “pássaro mudo”, oferece seu “canto macerado”, composto de memória, silencio e solidão.

Para adquirir a obra, basta acessar editoravaler.com.br e boa leitura!

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