Busca por alternativas sustentáveis ao plástico é uma prioridade mundial

Apesar de sua importância, é crucial adotar boas práticas de destinação dos plásticos, como a reciclagem, que ajuda a reduzir a quantidade de resíduos enviados para aterros sanitários e minimiza o impacto ambiental negativo associado à produção de plásticos virgens. Ao reciclar plásticos, os materiais podem ser reutilizados na fabricação de novos produtos, economizando recursos naturais e energia.

Materiais inovadores estão sendo testados como substitutos, com a possibilidade de mitigar os impactos do plástico. Essas alternativas não apenas reduzem a dependência de recursos não renováveis, mas também abordam questões relacionadas à poluição e aos resíduos.

“Os plásticos desempenham um papel fundamental na vida cotidiana, oferecendo uma ampla gama de benefícios e aplicações em diversos setores. Existem diferentes tipos de plásticos, cada um com propriedades únicas que os tornam adequados para diferentes fins”, enfatiza Vininha F. Carvalho, ambientalista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, os seres humanos produzem cerca de 400 milhões de toneladas de resíduos plásticos por ano. Metade desse montante foi usado na fabricação de embalagens de uso único, como pacotes, saquinhos e potinhos que são logo descartados e acabam indo parar em aterros ou despejados em rios e oceanos. Ao se decomporem, acabam sendo consumidos por toda espécie de vida aquática e, indiretamente, pelas pessoas.

A partir da coleta de rochas compostas por plásticos, numa reserva marinha a 1.140 quilômetros de Vitória (ES), foi possível observar os impactos da ação humana e, ao mesmo tempo, reconhecer um dos problemas ambientais mais graves e complexos do mundo contemporâneo: a produção excessiva de plásticos – sobretudo, os chamados descartáveis de uso único. O Brasil produz mais de 2,95 milhões de toneladas desse material por ano.

A descoberta de rochas compostas por plásticos foi feita por cientistas que, em artigo publicado no periódico Marine Pollution Bulletin, demonstraram como a poluição por plásticos nos mares está afetando padrões geológicos, modificando até formações rochosas.

Os materiais plásticos, constituídos principalmente por polímeros sintéticos, tornaram-se onipresentes em nosso cotidiano, devido à sua versatilidade, durabilidade e baixo custo de produção, sendo encontrados nas embalagens, meios de transporte, construção civil, eletrodomésticos etc.

A gestão inadequada desses materiais tem gerado uma crescente problemática ambiental, pois ao longo do tempo, os plásticos descartados de forma incorreta, sofrem degradação mecânica e química, fragmentando-se em pedaços menores, com dimensões geralmente inferiores a 5 milímetros e que atualmente chamamos de microplásticos. Os microplásticos já são encontrados em fetos, placenta, no sangue e no pulmão humano.

“A China tem despontado com tecnologias para fabricação de embalagens a base de bambu e cana de açúcar há mais de 30 anos. A ampliação do uso de materiais ecológicos por demanda de brand owners e inovações fantásticas para indústrias representam um  desafio para a descarbonização”, relata Vininha F. Carvalho.