“Não dá para apostar contra um cenário de economia crescente este ano”, aposta economista
O índice que mede a confiança do consumidor (ICC) caiu 3,1 pontos em março, segundo divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta sexta-feira (25). A inflação na casa dos dois dígitos (10,54%) e o endividamento das famílias pesaram para que o otimismo dos brasileiros caísse no último mês.
Por outro lado, há pouco mais de três semanas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 4,6% em 2021 e que a taxa de investimento chegou aos 19,2%, o maior patamar desde 2014. Além disso, no ano passado, o Brasil gerou mais de 2,7 milhões de vagas de emprego com carteira assinada.
Como entender os sinais contraditórios que a economia brasileira parece dar? Para tentar explicar, o portal Brasil 61 entrevistou o professor Adriano Paranaíba. O economista e diretor acadêmico do Mises Brasil falou sobre o resultado do PIB de 2021 e sobre as projeções para a economia do país este ano.
Segundo o especialista, a perspectiva para o ano de 2022 é positiva, mesmo com a guerra entre Ucrânia e Rússia impactando as cadeias de produção e a inflação em alta. No cabo de guerra entre as projeções do Ministério da Economia, que aposta em crescimento próximo aos 2% e do mercado financeiro, que fala em 0,5%, Paranaíba prefere não tomar partido.
Durante o bate-papo, o economista destacou o que, para ele, foi a notícia mais positiva do PIB brasileiro do ano passado: a alta na taxa de investimentos, que em apenas um ano cresceu 17,2%. Paranaíba explicou porque acredita que o Brasil está no caminho certo quando o assunto é de onde tem que vir o dinheiro para financiar o crescimento e criticou a reação “tardia” do Banco Central para lidar com a inflação.
Fonte: Brasil 61