Webconferência promovida pela prefeitura discute aconselhamento genético em caso de Traço Falciforme
O aconselhamento genético em caso de Traço Falciforme ganha o centro dos debates na webconferência “Diálogos na Atenção Primária à Saúde” desta quarta-feira, dia 22/12, a partir das 15h. O evento, promovido pela Prefeitura de Manaus, será transmitido pela plataforma Google Meet aos servidores municipais de saúde.
O “Diálogos na APS” terá a participação das representantes dos núcleos de Saúde dos Grupos Especiais (Nusge), Georgina Sarkis, e de Saúde da Mulher, Gerda Costa, da Semsa, e contará com a contribuição do coordenador do programa de Anemia Falciforme da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), Evilásio Cardoso, que é mestre em Ciência Aplicada em Hematologia.
Quando a pessoa herda de um dos pais os genes causadores da Anemia Falciforme, porém não manifesta os sintomas da doença, ela tem o chamado “Traço Falciforme”. Neste caso, os profissionais de saúde precisam ter subsídios para informar e orientar o paciente, uma vez que este usuário pode transferir esses genes aos seus descendentes, que podem contrair a Anemia Falciforme, condição que pode comprometer seu desenvolvimento.
A doença falciforme afeta significativamente a população negra, comprometendo a qualidade de vida de seus portadores. Em Manaus, a linha de cuidados direcionados a esse segmento é coordenada pelo Núcleo de Saúde dos Grupos Especiais (Nusge), que trabalha em articulação com a Gerência da Rede Cegonha e o Núcleo de Saúde da Mulher da Semsa. A parceria visa ampliar e qualificar os serviços de saúde a este segmento populacional.
A webconferência dessa quarta-feira abordará os procedimentos e orientações a serem adotados quando uma gestante é identificada como portadora de traço falciforme, bem como as condutas a serem seguidas pelo parceiro e demais ações que fazem parte do Aconselhamento Genético, que tem o objetivo de apoiar os pais sobre a relação entre hereditariedade e reprodutividade.
O aconselhamento vinha sendo realizado pela Fundação Hemocentro do Amazonas, mas para ampliar o acesso, o serviço está sendo gradativamente descentralizado para a Atenção Primária à Saúde (APS).