No Amazonas, vacinação contra Covid-19 já alcançou mais de 5 mil servidores da segurança pública
Pioneiro na vacinação de servidores da Segurança Pública contra a Covid-19, o estado do Amazonas iniciou a imunização no dia 28 de março e alcançou 5 mil servidores. Desde o início da pandemia, a área ampliou o volume de trabalho, passando a atuar na linha de frente do combate à proliferação do vírus. Em fiscalizações ou operações, os policiais também tiveram que se reinventar em uma nova missão pela vida, dando suporte aos profissionais da Saúde.
Em contato direto com a população, os profissionais da segurança estavam em constante risco de contaminação e tiveram um papel de grande relevância nos momentos de crise, expondo ainda mais a importância da imunização. No período mais crítico da pandemia no estado, como na crise de oxigênio, em janeiro deste ano, os policiais fizeram transporte de cilindros, vacinas e outros materiais hospitalares, tanto pela capital como nas regiões mais distantes.
As diversas ações que, direta ou indiretamente, ajudaram a combater a propagação do coronavírus, como a Central Integrada de Fiscalização (CIF), a operação “Pela Vida” ou ações específicas das unidades policiais, naturalmente, ocasionaram maior exposição dos servidores. Nos períodos mais críticos, a doença chegou a afastar mil policiais das ruas. Ao longo de toda a pandemia, 174 servidores da área perderam a vida em decorrência da Covid-19.
Alívio e proteção – Os policiais militares das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) realizaram um trabalho incansável na missão de levar esperança com os diversos transportes de cilindros. Os dias de sobreaviso no quartel foram essenciais para o cumprimento das missões de enfrentamento à Covid-19, além das ocorrências diárias.
Imunizado com a primeira dose, o sargento Pablo Junior revela o conforto após a vacinação. “Foi um alívio não só para a gente como para a família também. Chegou essa primeira dose para as forças de Segurança, agora estou na expectativa de receber, no dia 26 de junho, a segunda dose da vacina”, disse.
Grupo de elite da Polícia Civil, habituado a atuar em operações de alto risco, o Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera) também atuou no combate a um risco atípico. O coordenador do Fera, delegado Juan Valério, relembra os impactos da crise no cotidiano dos policiais e o êxito das missões.
“Ao longo dessas semanas ficávamos acordados direto, porque nós pegávamos a estrada para ir aos municípios próximos e, na viatura, nós revezávamos. Enquanto um estava na direção, outro dormia um pouco. Felizmente durante essa missão nenhum colega contraiu o vírus”, pontuou o delegado do Amazonas.
Socorro pelo ar – Com os policiais do Departamento Integrado de Operações Aéreas (Dioa) não foi diferente. Neste ano, o Departamento transportou aproximadamente oito toneladas de materiais hospitalares para os municípios mais distantes do estado. O tenente-coronel Marcelo Cavalcante, imunizado com as duas doses da vacina, destaca o empenho dos servidores mesmo com a exposição ao vírus.
“A gente sente certa tranquilidade, mas independente de ter tomado a vacina, a gente já fazia missão sabendo que é o nosso dever, tomando as medidas de segurança possíveis. Apesar de se sentir tranquilo, também sentia antes, por saber que o risco é inerente à nossa missão”.
Prevenção constante – Embora as vacinas tenham eficácia comprovada, os profissionais seguem os protocolos de prevenção, utilizando máscaras, higienizando as mãos e objetos. Estes são alguns cuidados que continuam sendo respeitados, visto que os médicos e infectologistas afirmam que a prevenção é a principal medida para combater a Covid-19.