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Água é um recurso natural que exige práticas sustentáveis para sua preservação

A Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, que criou a Política Nacional de Recursos Hídricos, expressa a preocupação mundial com a escassez progressiva da água como bem de consumo.

O Brasil, que concentra cerca de 12% da água doce do planeta, vive um paradoxo: a abundância hídrica contrasta com a crise de abastecimento em diversas regiões. O dado é da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que há anos alerta para a necessidade de medidas mais estruturantes e sustentáveis no uso do recurso.

“As questões referentes à água para o desenvolvimento sustentável requerem participação da sociedade na gestão dos recursos hídricos, na transparência do processo e na tomada de consciência de que a gestão da água é um assunto que garante a sobrevivência no planeta”, pontua Vininha F. Carvalho, ambientalista, economista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.

O MapBiomas divulgou dados atualizados sobre a superfície de água no Brasil. Os dados mostram que o Brasil está cada vez mais seco. De 2009 a 2024, apenas o ano de 2022 esteve acima da média histórica do período analisado pelo MapBiomas, que tem início em 1985. A trajetória de redução é mais acentuada na última década: 8 dos 10 últimos anos estão entre os mais secos da série histórica. O Pantanal é o bioma que mais perdeu superfície de água em relação à média histórica: 61%. Na Amazônia, foram dois anos consecutivos de secas extremas, sendo que, em 2024, a seca chegou mais cedo e afetou bacias que não foram fortemente atingidas em 2023, com a do Tapajós.

De acordo com o relatório Scaling Water Reuse, “A Tipping Point for Municipal and Industrial Use”, do Banco Mundial, publicado em junho de 2025, apenas 3% da água consumida por cidades e indústrias no mundo é proveniente de reuso potável e industrial. Isso significa que 97% da água que poderia ser reaproveitada acaba perdida, ao mesmo tempo em que bilhões de pessoas enfrentam riscos crescentes de desabastecimento.

“O Brasil possui um enorme potencial para se tornar um exemplo mundial na gestão sustentável da água. Com inovação, compromisso e a aplicação de práticas ESG, é possível garantir a qualidade de vida para as futuras gerações. Projetos como sistemas  reaproveitamento de efluentes tratados e o uso de ferramentas de inteligência artificial para monitoramento em tempo real são exemplos de tecnologias que podem implementar a gestão hídrica”, finaliza Vininha F. Carvalho.