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Expansão do crédito: Novas unidades do Banco da Amazônia em Manaus injetam esperança e fomento no microempreendedorismo local


Investimentos focados em pequenos negócios somam mais de R$ 54 milhões no Amazonas e instituição planeja mais de R$ 1 bilhão para a região Norte, fortalecendo a economia de base.

Manaus, 27 de outubro de 2025 – A manhã desta segunda-feira (27) marcou um momento de celebração e concretização de planos para microempreendedores amazonenses, com a inauguração de duas novas unidades urbanas de microcrédito do Banco da Amazônia em Manaus. Antes da abertura formal das novas sedes, o foco esteve nos reais beneficiários dessa política pública: os empreendedores locais que viram, no acesso ao crédito de baixo custo, a chance de expandir seus sonhos.

Luzenira Gonçalves, que trabalha há seis anos com um popular churrasquinho em frente à sua casa no Centro da capital, é um exemplo da força do empreendedorismo local. “Esse dinheiro vai ajudar com certeza a fazer mais e melhorar mais”, afirmou Luzenira, lembrando as dificuldades impostas pela pandemia em 2020. Agora, a meta é clara: “Com o dinheiro, queremos investir comprando mais materiais e mesas para o negócio”, planeja a comerciante, que retomou as atividades e hoje “está fazendo sucesso”, como ela mesma relata.

Outra beneficiada, Rosiane dos Santos, que atua no ramo de alimentação com carne na chapa, também no Centro, ressaltou a importância da iniciativa para quem busca impulso. “Isso veio para ajudar mais o microempreendedor, né, dando uma facilidade para quem não consegue crédito e com juros menores”, comentou, destacando o impacto direto no fluxo de caixa e na capacidade de investimento.

No segmento de vestuário, a experiência de Maria Solange de Moura e Elineida Moreira Santos ilustra o potencial de crescimento. Maria Solange, com mais de 20 anos no ramo de confecção e duas lojas (uma no Petrópolis e outra, menor, no Japiim), busca ampliar seus negócios. “Vou investir porque os juros são acessíveis, o que me permite sonhar em ampliar a loja”, disse. Já Elineida, que tem uma loja de roupas e acessórios há uma década, já tem planos traçados: “Planejo investir no estoque para o final do ano. Inclusive, já estou com passagem marcada para viajar para trazer novidades para meus clientes”, revelou.

Com a inauguração das unidades na Avenida Senador Álvaro Maia, no Centro, e na Avenida Brasil, na Compensa I, Manaus passa a contar com um total de quatro polos de microcrédito do Banco da Amazônia (sendo três urbanos e um rural). O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, contextualizou o avanço: “Aqui é a quarta unidade que nós estamos abrindo em Manaus. Nós tínhamos anteriormente duas unidades. Com essas duas, neste ano, nós fizemos R$ 56 milhões, atendendo mais de 15 mil empreendedores aqui no Amazonas”.

Lessa destacou a expectativa de multiplicar o impacto: “Com mais duas unidades físicas e mais unidades móveis, a gente espera multiplicar esse valor aqui para fazer com que o crédito chegue a quem precisa, a tempo que ele precisa.” O presidente fez questão de enfatizar que a política de microcrédito vai além da concessão de recursos. “O microcrédito também é orientativo. Ele vem acoplado com orientação sobre desenvolvimento empresarial, sobre gestão, o que é dinheiro da empresa, o que é dinheiro da pessoa, sobre estoques, sobre formas de comercialização”, explicou.

O grande diferencial do programa, segundo Lessa, reside no custo do recurso: “Recursos de um lado com custo muito baixo, 0,5% das taxas de juros ao ano, e um desconto de 40% para quem paga em dia.” O compromisso do Banco da Amazônia com a região também foi reforçado por Lessa. “A Amazônia é o principal promotor do governo federal no desenvolvimento sustentável da Região Norte. Nós apresentamos 60% de todos os recursos de fomento que são destinados a essa região.” O presidente relembrou que, ao receber o convite do presidente Lula, o Banco da Amazônia possuía apenas 13 unidades de microcrédito na Região Norte. “Hoje, nós estamos fechando com 96, com aplicação de perto de meio bilhão de reais”, celebrou. A meta é audaciosa: “Para o próximo ano, a gente quer dobrar essa quantidade de unidades físicas e também atuar com as vans, com os barcos, para que o crédito chegue até o cidadão onde ele estiver. A gente quer alcançar R$ 1 bilhão de reais aplicados em microcrédito na Região Norte. É o compromisso do banco”, disse.

Presente na solenidade, o senador Eduardo Braga saudou a iniciativa do Banco da Amazônia. “Eu queria dizer que é um passo extremamente inédito que está sendo dado com o microcrédito aqui na Amazônia”, declarou o senador. Segundo Braga, o microcrédito na região estava muito restrito. “Agora não. Nós passaremos a ter o Banco da Amazônia com uma linha permanente de microcréditos, com quatro estruturas na capital, além dos principais municípios do interior”, afirmou.

O senador ressaltou a estratégia de busca ativa, que levará o crédito aonde o empreendedor está. “Nós vamos ter o que nós chamamos de ‘pastinha’, que antigamente era o caixeiro viajante. Só que ele não vai estar vendendo o Elixir Paregórico, ele vai estar vendendo o Elixir da Esperança, que é um microcrédito com uma taxa de 6% ao ano, com um bônus de adimplência”, descreveu, destacando o desconto de até 40% para quem paga em dia. “É sem dúvida nenhuma uma ação muito forte, porque é uma busca ativa de crédito para a micro e pequena empresa. É para que a gente possa estimular o empreendedorismo, principalmente o nano e o micro empreendedorismo na Amazônia, onde tudo começa”, resssaltou o senador.

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