Planejamento financeiro familiar: especialistas instruem e alertam sobre erros
Em entrevista ao site Terra, a educadora financeira Aline Soaper salientou que a renda dos brasileiros continua baixa em 2023. Na comparação com 2021, por exemplo, diminuiu mais de 5%. Além disso, os valores de alimentos e bebidas se mantêm bastante elevados, afetando o custo de vida da maioria das famílias brasileiras, o que evidencia ainda mais a importância do planejamento financeiro familiar.
Há uma série de iniciativas que devem constar em um planejamento financeiro familiar, além de anotar todos os rendimentos e despesas mensais da casa. É preciso fazer uma análise sincera acerca da realidade financeira da família, visando compreender as finanças atualmente e o que precisa ser feito primeiramente.
É necessário anotar todas as despesas e gastos da família, dos maiores às mais insignificantes. Muitos lares, no fim do mês, são surpreendidos pelos gastos. Também, recomenda-se categorizar as despesas, considerando necessidades básicas, supérfluos, dívidas em atrasos e o que mais demandar cortes no orçamento.
Quando a organização das despesas estiver bem-estabelecida, é hora de pensar em investimentos, começando pela criação de uma reserva para emergências ou problemas, destinando parte dos rendimentos a fundos de investimento que gerem renda.
Ter planos e metas definidas para o dinheiro que será utilizado para despesas de casa, assim como para a quitação de todas as dívidas, são alguns passos que conduzem o planejamento financeiro familiar. Ademais, antes de adquirir qualquer bem ou serviço, é dever da família conversar acerca das prioridades ou da real necessidade de se endividar. Reconhecer falhas e fazer um planejamento de curto, médio e longo prazos é a melhor forma de ter saúde financeira no Brasil.
É preciso mitigar erros e envolver a família no planejamento
O ato de mitigar erros com gastos desnecessários é um dos pilares da economia familiar, segundo planejadores financeiros ouvidos pelo Jornal Valor Investe. Um dos primeiros passos é rever hábitos de consumo e evitar comprar por impulso. Não envolver todo o núcleo familiar é um dos grandes erros apontados, sendo fundamental combinar novos comportamentos com os familiares e desenvolver uma rotina financeira que envolva toda a família.
É importante conversar com o cônjuge e/ou filhos sobre as metas financeiras do ano, como elaborar um fundo de emergência, ou optar por produtos de proteção financeira. Com isso, o núcleo familiar terá mais tranquilidade financeira.