Startups de turismo faturaram U$ 18 bilhões no último ano
Em relatório promovido pela Onfly, foi destacado que quatro das maiores marcas mundiais do setor de turismo registraram, em média, 25% de crescimento em receita, quando comparado ao mesmo período de 2019.
As marcas Airbnb, Booking, Expedia e Despegar, somadas, faturaram U$ 18 bilhões apenas no terceiro trimestre do ano passado, representando quase o dobro do faturamento de 2021, quando atingiram juntas cerca de U$ 10 bilhões de receita, em comparação ao mesmo período.
Segundo levantamento da Organização Mundial do Turismo (OMT), entre janeiro e setembro de 2022, cerca de 700 milhões de turistas fizeram viagens internacionais neste período. Os dados promovidos pela OMT mostram que a indústria de viagens já atingiu 65% dos níveis pré-pandemia.
A recuperação do setor em níveis acelerados, também repercutiu diretamente no faturamento de alguns dos maiores players de turismo. A plataforma de hospedagem Airbnb, foi um dos motores que impulsionaram este crescimento. A empresa entrou na bolsa de valores realizando o maior IPO de 2020 nos Estados Unidos. A estreia da marca no pregão de Nasdaq, realizada no fim de 2020, aumentou 81% nos ganhos da startup.
Com sinais promissores para o setor de viagens mundial, empresas brasileiras também viram os seus números ampliarem. Em comemoração aos dez anos de mercado, a plataforma de viagens brasileira, Guia Viajar Melhor, começou o ano de 2023 atingindo a marca de 35 milhões de turistas únicos durante todo o período, conforme dados do próprio Google Analytics, ferramenta que audita e rastreia tráfego online.
“Após o fim das restrições de viagem, vimos um aumento considerável no número de alcance e ações com marcas e destinos. Em nosso perfil de viagens no Instagram, nos comunicamos com mais de 1,6 milhão de turistas apenas no mês de maio”, conforme informado por Gustavo Albano, durante a WTM Latin America, evento direcionado aos profissionais da indústria de viagens.
O empresário está formando um ecossistemas de mídia e tecnologia para o mercado de viagens, unindo análise de dados, tecnologia e distribuição de conteúdos. Com a pandemia desestabilizando o setor de viagens, o empresário sentiu a necessidade de reinventar as marcas que complementam o grupo. Em um primeiro semestre promissor, com um mercado aquecido, a empresa começa a colher os frutos das estratégias de inovação adotadas nos últimos anos.
“Há poucos meses lançamos uma nova vertical, o Guia dos Hotéis, direcionado para suprir as necessidades de comunicação, distribuição de mídia e estratégias para o setor hoteleiro no mercado brasileiro e português. Em pouco tempo garantimos ações com hotéis independentes, alcançando mais de 200 mil pessoas de forma orgânica”, complementou Albano.
Outro caso recente na indústria de viagens brasileira foi marcado pelos resultados obtidos após os processos de M&A adotados pela BeFly. Com recorde histórico, a holding faturou R$ 907 milhões apenas em março de 2023, posicionando-se como um dos maiores grupos de turismo da América Latina.
Em entrevista para a Forbes Brasil, Marcelo Cohen, CEO da BeFly, destaca o desempenho da empresa nos projetos desenvolvidos nos últimos anos, entre eles, a aquisição de empresas de viagens que se uniram ao grupo. “Esse ano além de muita tecnologia, também traremos produtos exclusivos em nosso portfólio, como a parceria que fechamos com o The Town e a Fórmula E”, afirmou Cohen.
O empresário também comanda outras marcas que fazem parte do portfólio da BeFly, entre elas estão a Belvitur, Flytour, Queensberry, além de diversas startups de tecnologia e inteligência artificial que completam a holding.