Câncer de intestino: a detecção precoce é fundamental para o tratamento e a cura
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima cerca de 45.630 novos casos de câncer de intestino para o triênio de 2023 a 2025 no País. Ainda segundo o instituto, esta é a terceira doença mais frequente entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de próstata e de pulmão, e a segunda mais incidente entre as mulheres, perdendo somente para o câncer de mama. A doença, que se instala no intestino grosso e no reto, normalmente é silenciosa, por isso, a importância do rastreamento regular.
Os sintomas relacionados ao câncer de intestino são amplos e podem também estar ligados a outros problemas intestinais, por isso, é fundamental investigá-los. No entanto, ainda assim, é importante ficar atento aos principais sinais sugestivos da doença, como a presença de sangue nas fezes, dor ou desconforto abdominal, mudança no hábito intestinal, dores na região anal ou sensação de intestino cheio, mesmo após evacuação, perda de peso sem causa aparente, além de vômito, náuseas, gases e/ou cólicas.
“Os sinais e sintomas acima podem vir em conjunto ou isolados e uma parcela dos pacientes pode não apresentar qualquer tipo de sintomatologia nas fases iniciais do câncer, o que torna mais importante a utilização de exames diagnósticos, como a pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia para diagnóstico precoce do câncer de intestino, notadamente em indivíduos com mais de 45 anos,” afirma o Presidente da FBG.
O diagnóstico do câncer é feito, sobretudo, a partir de uma suspeita clínica e apoiado por exames solicitados pelo médico. É importante destacar também que o tumor intestinal está relacionado a fatores de risco, como histórico familiar de câncer, idade igual ou superior a 45 anos, hábitos não saudáveis, em especial à alimentação rica em gorduras e carne vermelha, e pobre em frutas, verduras e legumes, consumo excessivo de álcool, tabagismo, obesidade, além do indício de outras patologias inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn.
O tratamento do câncer de intestino depende do tamanho, da localização e da propagação da doença, além de determinar intervenção cirúrgica ou mesmo endoscópica. A depender do caso do paciente, o tratamento pode incluir também a radioterapia associada ou não à quimioterapia.
Uma vida saudável com a prática de atividade física, além de manter uma alimentação rica em fibra e vegetais, são fatores importantes para prevenir o câncer. Diante da presença de alguns dos sintomas, como citados anteriormente, procure imediatamente um especialista no trato digestivo. As doenças inflamatórias do intestino são fatores de risco para o desenvolvimento de tumores colorretais e devem ser monitoradas periodicamente.
Este texto não substitui uma consulta médica. Em caso de dúvidas, um profissional da área da saúde deve ser consultado