“Quero trabalhar, mas a Prefeitura prefere médicos sem CRM”, diz profissional em Carauari
Um protesto inusitado foi registrado hoje nas redes sociais. Dizendo estar esperando há 66 dias por uma resposta da Secretaria de Saúde de Carauari, à qual se ofereceu para trabalhar no combate à Covid-19, o médico Alex Jordão foi para a frente do hospital regional com um cartaz e manifestou sua indignação com a gestão atual da Secretaria de Saúde local.
“Em meio à maior pandemia já vista nas últimas décadas, me espanta Carauari ser a única cidade que não precisa de médico para o atendimento de seus pacientes. A cidade está tomada por médicos sem CRM (registro no Conselho Regional de Medicina), que de forma escancarada trabalham numa concorrência desleal. Como cidadão, contribuinte pagador de imposto, não posso e não irei me calar diante do ocorrido”, desabafou Jordão.
No interior do Amazonas é comum a contratação, pelas Prefeituras, de médicos estrangeiros – normalmente peruanos e bolivianos – sem registro no CRM, para trabalhar nos hospitais. Eles normalmente aceitam qualquer oferta para trabalhar nos municípios.
Carauari, cidade localizada na calha do rio Juruá, tinha até ontem 284 casos confirmados de Covid-19, com apenas duas mortes. O município é governado pela terceira vez pelo prefeito Bruno Ramalho (MDB), que no início da pandemia teve um áudio viralizado, em que, com bom humor, dizia aos cidadãos que, se não quisessem adotar o isolamento social, a Prefeitura também dispunha de caixões para enterrar os mortos em decorrência da doença.
Material replicado do Blog do Hiel Levy https://blogdohiellevy.com.br/quero-trabalhar-mas-a-prefeitura-prefere-medicos-sem-crm-diz-profissional-em-carauari/?fbclid=IwAR25RqiD9m6uGfznzm_vt1LouhnEA17qKIgRLcviK55YlPYRUF8PGViYmok