Casarão de São Vicente será futuro hub integrado ao Casarão Cassina em projeto da Prefeitura de Manaus
O conhecido Casarão de São Vicente, construído em um ponto de referência arquitetônica e da própria história da capital, faz parte dos projetos da Prefeitura de Manaus dentro do programa “Nosso Centro”, lançado pelo prefeito David Almeida, e sua reforma e restauração estão previstos para licitação ainda este ano. Em visita técnica na segunda-feira, 26/7, ao endereço na rua Bernardo Ramos, esquina com o beco Casemiro, Centro, arquitetos do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) vistoriaram a edificação para readequar o projeto em desenvolvimento, para que o casarão possa abrigar um hub de inovação e espaço de coworking.
A ideia é que o edifício se integre ao movimento do Casarão da Inovação Cassina, na mesma rua, atendendo a demanda da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi). “Será um equipamento urbano que funcionará simultaneamente e paralelamente com o Cassina. E um dos pontos altos é que amplia o conceito de diversidade de usos para as edificações no Centro. Ali já temos equipamentos culturais instalados, como a Galeria Óscar Ramos, o Museu da Cidade e o futuro memorial Thiago de Mello, que se somarão ao largo e mirante da Ilha de São Vicente”, explicou o diretor de Planejamento Urbano do Implurb, arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro.
O Casarão de São Vicente será um hub e coworking com térreo, área para recepção e eventos, incluindo o piso superior, que ganhará um terraço com café e área de contemplação. “O terraço estará de frente para o largo, mirante e o rio Negro”, completou Cordeiro.
Casarão
O Casarão de São Vicente fica na mesma rua onde foram restauradas as casas mais antigas da capital, de números 69 e 77, na rua Bernardo Ramos. As duas casas foram transformadas em espaço de promoção da cultura. As residências foram totalmente restauradas pela Prefeitura de Manaus e servem para abrigar o acervo de um dos principais artistas amazonenses, Óscar Ramos.
A recuperação e ocupação das casas históricas integram as ações do projeto de ressignificação do Centro Histórico de Manaus. Feitas com parte da estrutura em taipa (barro e madeira), as casas geminadas de número 69 e 77, carregam, em sua arquitetura, uma parte da história de Manaus, datada ainda do período colonial, anterior ao que mais comumente se encontra no centro histórico da cidade, construído no tempo áureo da borracha. Elas são consideradas as residências mais antigas da capital amazonense.