Criado por alunos da rede estadual em Manacapuru, sistema contra Covid-19 conquista 4º lugar na Febrace

Projeto consiste em protótipo capaz de interagir com ambiente via hardware/software, conectado a um computador ou rede

Um projeto de sistema robótico contra a Covid-19, desenvolvido por estudantes da  Escola Estadual (EE) Nossa Senhora de Nazaré, de Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus), conquistou o 4º lugar na 20ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). Intitulado “Protótipo de sistema anticovid-19 no ambiente escolar com sistema Arduino AC-19”, o projeto consiste num sistema capaz de interagir com o ambiente e receber e enviar dados por meio de conexão com um computador ou rede.

A Febrace é a maior feira brasileira pré-universitária de ciências e engenharia em abrangência e visibilidade. Seu objetivo é estimular a cultura científica, a inovação e o empreendedorismo na educação básica e técnica, despertando novas vocações nessas áreas e induzindo práticas pedagógicas inovadoras nas escolas.

O professor e orientador do projeto, Galileu Pires, conta que em muitos momentos os alunos que participaram da atividade não acreditavam que chegariam tão longe. O projeto foi desenvolvido em 2021 e contou com o apoio da unidade de ensino durante toda sua execução.

“Estamos muito felizes com essa colocação, em virtude das dificuldades enfrentadas no desenvolvimento do projeto. Passamos por muitas dificuldades de isolamento e retorno híbrido, porém sempre acreditamos na equipe e no projeto, e isso nos possibilitou esse 4º lugar e o destaque na região amazônica”, celebra o docente, assinalando a evolução dos alunos ao longo do trabalho.

“No início, eles achavam que não teriam condições de desenvolver qualquer projeto relacionado a essa temática, mas aos poucos, quando foram aprendendo as atividades nas aulas de Física, Matemática, Química e Biologia, começaram a ganhar confiança”, pontua Galileu.

Ao todo, cinco alunos do Ensino Médio atuaram no projeto: José Victor da Rocha Maciel, Felipe Lima de Souza, Sarah Barros de Almeida, Raelly de Andrade Bezerra e Maria Júlia Teixeira Stefanini.

De acordo com a aluna Maria Júlia, a experiência de trabalhar em projetos científicos e de robótica transformou a sua vida. “Passei a ler artigos científicos e vislumbrar a possibilidade de mudar o mundo, como a exemplo de uma pesquisa, que também fizemos no ano passado, em que transformamos as vísceras de pirarucu em fios cirúrgicos absorvíveis”, lembrou a estudante.

Sobre a Feira – Nesta edição, a mostra contou com 487 projetos finalistas, sendo que três eram do Amazonas. Os projetos foram desenvolvidos por 1.081 estudantes do Ensino Fundamental, Médio e Técnico de 333 escolas de todo o país, sob a orientação de 626 professores.

O processo de avaliação envolveu mais de 300 mestres e doutores da USP e de universidades parceiras – inclusive professores e especialistas brasileiros que estão atuando em outros países, num total de 6.403 avaliações.

Os autores dos melhores projetos, nas diversas categorias, devem receber troféus, medalhas, bolsas de Iniciação Científica Júnior do CNPq e cursos.

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