Manutenção periódica pode aumentar a vida útil de geladeiras

Muito mais do que um simples eletrodoméstico, a geladeira tem um papel fundamental na saúde e no bem-estar da população. O equipamento é responsável por garantir a conservação dos alimentos e evitar desperdícios, permitindo um armazenamento seguro de produtos perecíveis e, em pleno funcionamento, impedindo a proliferação de bactérias e microrganismos nocivos à saúde.

De acordo com o especialista em refrigeração Luiz Henrique Mello de Souza, da empresa BR Refrigeração, especializada em serviços de conserto de refrigeradores, a vida útil de uma geladeira pode variar entre 10 e 20 anos, dependendo de fatores como a marca, o modelo, a manutenção e o uso. “Modelos mais antigos tinham uma duração maior, mas gastavam mais energia”.

“Atualmente, os equipamentos contam com novas tecnologias e componentes mais leves, gastando menos energia mas, consequentemente, ocasionando em um uma vida útil um pouco menor. Ainda assim, uma geladeira pode durar cerca de 15 anos sem grandes problemas”, completa Souza.

Diante disso, o especialista explica que a manutenção periódica do equipamento é essencial para prolongar sua vida útil e evitar problemas e custos futuros. “Fazer a limpeza regular das bobinas do condensador, localizadas na parte traseira ou inferior da geladeira, é fundamental para garantir que o equipamento opere de maneira eficiente. Poeira e sujeira acumuladas podem forçar o motor a trabalhar mais, aumentando o consumo de energia e acelerando o desgaste do aparelho.”

Souza alerta ainda sobre a importância de verificar as borrachas das portas. “Vedações danificadas ou desgastadas podem deixar o ar frio escapar, fazendo com que a geladeira consuma mais energia para manter a temperatura ideal. Outra dica é evitar o excesso de alimentos, pois isso impede a circulação adequada do ar frio e pode sobrecarregar o motor.”

Manter a geladeira nivelada também é essencial. “Se o aparelho estiver inclinado, o compressor e outras partes internas podem sofrer desgastes desnecessários”, indica o engenheiro. “Revisar e ajustar a temperatura interna de tempos em tempos também garante que a geladeira não esteja trabalhando mais do que o necessário”, completa.

“Além disso, manter o refrigerador em local ventilado e longe de fontes de calor, utilizar estabilizadores ou protetores para proteger o aparelho contra flutuações de energia e descongelar o equipamento que não possui tecnologia frost-free é muito importante para manter seu pleno funcionamento”, ressalta Souza.

Quando solicitar uma visita técnica?

Segundo o especialista, alguns sinais podem ser identificados pelo proprietário do equipamento, indicando o momento de solicitar a visita de um técnico especializado.

“Ruídos estranhos ou excessivos, vazamento de água ou gás refrigerante, queda no desempenho da refrigeração, formação excessiva de gelo (em modelos frost-free), porta que não veda corretamente, oscilações de temperatura ou mau funcionamento do termostato”, explica.

Souza afirma ainda que um problema, se não resolvido, pode se tornar em outro ainda pior, causando um custo maior de manutenção. “Uma simples borracha suja pode não vedar corretamente o aparelho. Sem vedação, ele perde ar frio e faz o motor trabalhar mais, ocasionando o aumento de consumo elétrico e possível sobrecarga do motor. Por isso a importância da limpeza regular e manutenção periódica.”

Quando considerar a troca do aparelho?

Substituir um aparelho grande e de valor elevado como a geladeira pode não ser uma tarefa fácil, porém, há fatores que contribuem para a troca deste equipamento. “Se a geladeira começa a apresentar mau funcionamento constante, como dificuldade em manter a temperatura interna, fazer ruídos estranhos ou consumir mais energia do que o usual, pode ser um indicativo de que seus dias de glória acabaram”, aponta Souza.

Outro fator importante é a idade do eletrodoméstico. “Geladeiras com mais de 15 anos geralmente são menos eficientes em termos de consumo de energia, e os modelos mais recentes tendem a ser muito mais econômicos e sustentáveis. Se os custos de reparo começam a superar o valor de uma nova geladeira, é definitivamente hora de fazer a troca”, conclui o especialista.

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