PM é vítima de perseguição política e perde bebê após pedido de transferência ser ignorado em Parintins

O Cabo Heverson Bruney da Silva Melo, policial militar lotado no 11º BPM de Parintins, foi vítima de uma tragédia familiar após ter seu pedido de transferência ignorado pelo comando militar, em mais um episódio que reforça a crescente denúncia de perseguição política na cidade.

Heverson, irmão do pré-candidato a vereador Bruno Melo, solicitou ao Tenente-Coronel Judiss, comandante do batalhão, que permanecesse em Parintins para acompanhar sua esposa, que já enfrentava uma gravidez de risco. O pedido foi formalizado em documentos médicos anexados ao requerimento, com comprovações sobre a situação delicada da gestante e a previsão de parto para o início de outubro. No entanto, o pedido foi engavetado pelo comandante, que não emitiu despacho nem deu resposta oficial à solicitação, ignorando completamente o quadro de saúde da esposa do policial.

A transferência de Heverson para Barreirinha, realizada logo após o anúncio da candidatura de seu irmão pelo partido Avante, aliado ao candidato a prefeito Mateus Assayag, levantou suspeitas de retaliação política, gerando revolta entre familiares e colegas do PM. A ausência do policial militar durante o período crítico da gestação agravou o estado de saúde da esposa, que infelizmente perdeu o bebê no último sábado (21), enquanto o policial estava impossibilitado de estar ao seu lado.

Esse caso evidencia as crescentes denúncias de perseguição política em Parintins, onde opositores ao governo estadual vêm sendo alvo de ações abusivas, muitas vezes utilizando a máquina pública para pressionar e prejudicar aqueles que se colocam contra os interesses do grupo político dominante. O uso da estrutura do Estado para beneficiar aliados e prejudicar adversários tem gerado indignação na cidade.

Diversos relatos têm surgido, incluindo o envolvimento de secretários de governo, polícia e outros órgãos estaduais em ações que visam favorecer o grupo político ligado ao governador Wilson Lima e sua candidata em Parintins, Brena Dianná. O caso de Heverson é apenas mais um exemplo de como a gestão pública vem sendo utilizada como ferramenta de intimidação e retaliação contra opositores, colocando em risco não apenas a vida profissional, mas também a vida pessoal e familiar dos envolvidos.

A revolta da população local cresce diante de episódios como esse, que reforçam a percepção de um ambiente político tóxico e de desrespeito aos direitos humanos e à ética administrativa.

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