Pesquisa mostra como as PMEs lidam com pagamentos digitais
A Fiserv, em parceria com o Sebrae-SP, apresenta a primeira pesquisa Fiserv Insights: Meios de Pagamento das PMEs, que avalia o impacto da diversidade dos meios de pagamento do ponto de vista do empreendedor no estado de São Paulo. Segundo o levantamento, os empreendedores que contam com uma solução de adquirência apresentam uma ampla variação no faturamento das maquininhas: 16% faturam até R$ 4 mil por mês, 18% entre R$ 4 mil e R$ 10 mil, e 20% entre R$ 10 mil e R$ 20 mil. A estimativa média de faturamento do empreendedor paulista que utiliza maquininha é de R$ 24.902 por mês, totalizando R$ 298.800 anualmente.
No total, participaram do estudo 1.308 empreendedores paulistas, sendo 69% microempresas (MEs) e 31% empresas de pequeno porte (EPPs). Os resultados indicam que 41% dos entrevistados que utilizam maquininhas estão localizados em áreas do interior, enquanto 34% operam na capital. O uso de maquininhas prevalece nos setores de comércio (63%) e serviços (32%).
‘Fiserv Insights’ aponta que os cartões de crédito (98%) e débito (96%) ainda são os meios mais aceitos. Entretanto, o Pix segue em ascensão, sendo aceito em 66% deles no formato de QR Code estático (quando o varejista exibe uma chave ou QR code para pagamento) e por 51% deles por meio de QR Codes gerados diretamente na maquininha (QR Code dinâmico). Especificamente sobre o Pix, o estudo observa no interior de São Paulo que o modelo estático é muito mais oferecido (81%) do que o dinâmico (40%). Dinheiro em espécie aparece por último na lista, sendo aceito por apenas 3% dos entrevistados em todo o Estado, atrás das transferências bancárias (47%), boletos (32%) e vouchers (9%).
Quanto à composição das vendas, 42% das vendas daqueles que aceitam cartão de crédito originam-se desse método. No caso dos que aceitam cartão de débito, 31% das vendas provêm desse meio. Quando se trata do Pix realizado pela maquininha, 20% das vendas têm essa origem e outros 12% são provenientes de vouchers.
Perfil de uso das maquininhas
Em relação ao número de maquininhas utilizadas pelos estabelecimentos, 38% dos entrevistados usam uma única maquininha de cartão, enquanto 40% operam com duas. Três maquininhas é o número relatado por 11% dos estabelecimentos, e somente 5% têm quatro equipamentos. Quanto ao tipo de conexão das maquininhas, 70% usam dispositivos que operam com Wi-Fi, enquanto 70% utilizam maquininhas com chip (3G ou outra rede de telecom)¹. Apenas 8% dos negócios utilizam maquininhas fixas conectadas por cabo ou linha telefônica.
Preferência na escolha
A preferência pelas maquininhas de cartão revela uma busca incessante por economia e praticidade. Os entrevistados escolhem maquininhas pela “melhor taxa” (55%), seguidas pela “isenção de mensalidade conforme faturamento” e “aceitação de todos os tipos de pagamento necessários” (ambos 29%). Também valorizam “taxas personalizadas” (25%) e “atendimento rápido” (22%), buscando eficiência e flexibilidade nas transações.
Para Frederico Souza, vice-presidente de Precificação, Planejamento e Alianças do Brasil na Fiserv, entender as necessidades e os perfis dos empreendedores é essencial para apoiar a digitalização dos PMEs. “Ter uma oferta de valor para a adquirência que vai além das tradicionais maquininhas, com opções de links de pagamento, antecipação de agenda de maneira facilitada com o autoatendimento e pensar em soluções para o e-commerce são maneiras que a Fiserv tem para oferecer soluções em sintonia para as 9 milhões de micro e pequenas empresas no País que representam 27% do PIB”.
Meios de pagamento digitais
O uso das carteiras digitais ainda é limitado entre os pequenos negócios. No que diz respeito ao QR Code, 94% dos respondentes têm conhecimento dessa funcionalidade, embora 41% a utilizem com frequência. Para 58% dos entrevistados, o aplicativo Tap on Phone, que transforma celular em maquininha de cartão para pagamento por aproximação, ainda não é conhecido – e, entre os 41% dos empreendedores que responderam à pesquisa e que têm conhecimento dessa solução, apenas 3% a utilizam. Os dados revelam que apenas 8% dos empreendedores utilizam o WhatsApp Business para aceitar pagamentos por WhatsApp. Para 35% deles, o app é desconhecido, enquanto 25% estão cientes e têm a intenção de utilizá-lo. Outros 31% conhecem, mas não têm planos de adotá-lo.
“Dentro do Brasil há uma diversificação do nível de digitalização do empreendedorismo. Compreender essas nuances e ter tecnologias adequadas para apoiá-los, com a diversificação de terminais, soluções inovadoras como Tap on Phone e SmartPOS, são formas de apoiar o empreendedor brasileiro. Nossas ofertas de adquirência são meio para que os empreendedores tenham êxito, seja com a diversidade de aceitação de meios de pagamento ou com uma oferta de antecipação de recebíveis”, destaca Souza. Ele complementa que a oferta de Adquirência da Fiserv no Brasil atualmente opera mais de 700 mil terminais sob as marcas Bin e azulzinha (CAIXA); além de suas alianças com Sicredi, Sicoob e Afinz.
Antecipação de recebíveis
Entre os entrevistados, a maioria dos empreendedores (61%) escolhem fazer a antecipação das vendas feitas por maquininhas de cartão. Dentro desse grupo, 44% escolhem a opção de antecipação automática, enquanto 17% preferem solicitá-la eventualmente. A opção de pagamento oferecida diretamente pela maquininha é escolhida por 47% dos respondentes, com 20% deles disponibilizando essa opção de forma constante.
O levantamento também mostra que 31% dos negócios gerenciam suas operações e fazem conciliação por meio de aplicativo da maquininha de cartão. Enquanto 39% desconhecem essa opção, 13% conhecem e planejam usá-la, e 14% conhecem, mas não têm intenção de adotá-la.
Expectativa para 12 meses
Cerca de 47% dos empreendedores acreditam que o próximo ano será melhor do que o ano anterior, enquanto 14% acreditam que será igual. No entanto, 28% expressam preocupações de que será pior. Um número significativo (11%) está incerto sobre o que esperar. Esses resultados refletem uma mistura de otimismo e cautela em relação ao futuro, sugerindo a necessidade de abordagens flexíveis e estratégias adaptáveis à medida que as empresas enfrentam incertezas econômicas.