Estudos apontam relação de alimentação com fertilidade
Um estudo desenvolvido pela OMS (Organização Mundial de Saúde), publicado neste ano, estimou que uma a cada seis pessoas no mundo passará por infertilidade em algum momento de sua vida. O estudo constata que a infertilidade permanente atinge 17,6% da população mundial, enquanto a infertilidade temporária afeta 12,6%.
Algumas pesquisas nesta área apontam que a alimentação, bem como a suplementação alimentar, exercem um papel importante na questão da fertilidade. Com efeito, um estudo publicado em 2015 na revista científica Fertility and Sterility, realizado com casais que realizavam fertilização in vitro concluiu que o tipo de carne que os homens consumiam afetava o resultado do tratamento, alterando as taxas de fertilização.
Outro estudo, publicado no American Journal of Epidemiology, apontou uma estimativa de que, em 2019, os programas de suplementação com ácido fólico diminuíram em 22% a incidência de espinha bífida e anencefalia em todo o mundo.
A Dra. Maíra Neumann é médica nutróloga e especialista em fertilização integrativa e explica que a infertilidade de homens e mulheres pode estar relacionada a inúmeros fatores, não necessariamente ligados às causas biológicas da incapacidade de se reproduzir.
“Sedentarismo, sono de má qualidade, estresse, tabagismo, etilismo e alimentação inadequada podem prejudicar muito a fertilidade do casal”, afirma. “Esses hábitos ruins causam desequilíbrios hormonais e aumentam a inflamação do corpo, prejudicando a formação de espermatozoides e prejudicando a qualidade dos óvulos. Podendo causar subfertilidade e até mesmo infertilidade”.
Na conclusão do relatório sobre infertilidade, a OMS afirma que o cuidado com a fertilidade é essencial à saúde sexual e reprodutiva. Dra. Maíra Neumann orienta que esse cuidado deve ser feito através de uma abordagem médica ampla, uma vez que as causas são multifatoriais e todos esses fatores precisam ser cuidadosamente abordados e tratados, visando proporcionar ao casal, o potencial máximo de fertilidade.
“Por essa razão, uma das abordagens que precisa ser considerada é a da fertilidade integrativa, que enxerga o paciente em sua totalidade, não considerando apenas as causas biológicas”, pontua a médica. “É feita a análise aprofundada de todos os outros fatores que podem estar prejudicando a saúde reprodutiva do indivíduo, como questões psicológicas, comportamentais e ambientais”, completa.
Ainda na conclusão do relatório da OMS, há a constatação de que a infertilidade é um problema de alta prevalência global e regional. Esses dados podem, segundo a OMS, ser usados para apoiar políticas de saúde e práticas que ajudem mais casais a constituírem suas famílias, com o número de filhos que desejam.
É a partir dessa visão que a especialista recomenda a fertilização integrativa, que costuma associar a medicina convencional com as práticas alternativas de saúde que tenham comprovação científica, como acupuntura. “Uma vez identificados os fatores de infertilidade, o médico integrativo e o paciente constroem em conjunto um plano terapêutico que inclui reeducação alimentar, mudanças no estilo de vida e uso de suplementos personalizados. A fertilidade integrativa é considerada, hoje, uma forma inovadora para tratar a infertilidade”, finaliza a médica.
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