Acesso à coleta de lixo e à rede de esgoto cresce no país
Entre 2016 e 2022, 8,2 milhões de domicílios do país ganharam acesso à coleta de lixo por serviços de limpeza e com conexão à rede geral de esgotamento sanitário, conforme dados da Pnad Contínua 2022 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o balanço, a parcela de imóveis com lixo coletado por serviço de limpeza em frente à moradia passou de 82,7% em 2016 para 86% em 2022 em oito anos, como mostra uma publicação da Agência Brasil.
No ano passado, os 14% restantes estavam divididos entre as modalidades de coleta por meio de caçamba (6,2%), além de queima do lixo na propriedade (6,8%) e opções como depósito do lixo em terrenos baldios, vias urbanas e cursos d’água (0,9%).
Para João Victor Moreira Pinheiro Sales, responsável pela Desentupidor Profissional – empresa desentupidora que atua com serviços de desentupimento, limpeza de fossa em São Paulo (SP) -, pesquisas como a Pnad, que aponta um crescimento do acesso da população brasileira aos sistemas de coleta de lixo e à rede de esgoto, são importantes, pois traçam um paralelo entre a qualidade de vida das pessoas e a necessidade de investir em manutenção de desentupimento de esgoto a fim de evitar diversas doenças.
“Devemos ficar atentos a temas como qualidade dos serviços [de coleta de lixo e à rede de esgoto] e o crescimento por igual em todo o país, tendo em vista pautas como o impacto na saúde pública e no meio ambiente, sustentabilidade e os desafios futuros”, explica Sales. Com efeito, cólera, esquistossomose, malária e hepatite são apenas algumas das doenças relacionadas à falta de saneamento básico adequado.
O responsável pela Desentupidor Profissional ainda destaca que, ainda hoje, é necessário enfrentar diversas barreiras para que o acesso aos sistemas de coleta de lixo e à rede de esgoto seja universal. Com efeito, a Pnad também revela que, mesmo com a expansão na coleta direta em domicílio, ainda foram identificadas diferenças regionais, assim como entre o campo e a cidade no ano passado.
Segundo o levantamento, 92,4% dos imóveis da Região Sudeste contavam com os serviços de coleta diretamente pelo serviço de limpeza em 2022. Enquanto isso, o percentual cai para 90,7% no Centro-Oeste, 89,6% no Sul, 75% no Nordeste e apenas 75,2% no Norte.
Sales observa que, para que o sistema de coleta universal aconteça e tenha qualidade, é necessário enfrentar uma série de fatores, como falta de recursos financeiros, mudanças climáticas, crescimento populacional e desafios ambientais.
“Além disso, temas como política e governança, falta de conscientização, infraestrutura insuficiente e desigualdades socioeconômicas estão entre os pontos que a universalização de um sistema de coleta de esgoto pode enfrentar”, conclui.
Para mais informações, basta acessar: https://desentupidorprofissional.com.br/