Prêmio estimula ações e projetos anticorrupção
Estão abertas as inscrições para a quarta edição do Prêmio Não Aceito Corrupção, que busca sensibilizar, mobilizar e divulgar conceitos e soluções práticas para enfrentar um dos maiores problemas que afetam a democracia e a economia brasileira. O prêmio é uma iniciativa do Instituto Não Aceito Corrupção (INAC), associação civil, sem fins lucrativos e apartidária.
Neste quarto ano consecutivo, o prêmio ampliou o número de categorias. Serão seis no total: Academia; Tecnologia e Inovação; Governança Corporativa; Experiência Profissional; Jornalismo Investigativo e Comunicação Local. Destas seis categorias, será escolhido o vencedor entre os vencedores para o Grande Prêmio 2023. E mais duas menções honrosas: no esporte e entre estudantes de universidades de países cuja língua primária é o português.
As inscrições podem ser feitas por meio do site do Prêmio: https://premionaoaceitocorrupcao.com.br. No site é possível ler o regulamento completo do concurso e ter acesso ao formulário de inscrição, com todas as informações para participar do concurso.
“Queremos premiar, reconhecer e dar visibilidade para o trabalho de estudantes, acadêmicos e pesquisadores, jornalistas, empresas e empreendedores, e profissionais do Direito e da Tecnologia que apresentarem teses, protótipos, reportagens, experiências e soluções práticas para a questão da corrupção no Brasil”, afirma o presidente do INAC e idealizador do prêmio, Roberto Livianu, procurador de Justiça criminal do Ministério Público do Estado de São Paulo. “O concurso pretende estimular o desenvolvimento e reconhecimento de projetos acadêmicos, aplicativos, reportagens investigativas e locais além de estudos de casos empresariais, contribuindo, assim, para a sensibilização, mobilização e a divulgação dos conceitos da política anticorrupção no país”.
Entre 2012 e 2022, o Brasil perdeu 5 pontos no Índice de Percepção da Corrupção, desenvolvido pela Transparência Internacional, e caiu nada menos que 25 posições. Saiu da 69ª para a 94ª colocação. Um desempenho ruim que coloca o Brasil abaixo da média global, abaixo da média regional para a América Latina e Caribe, abaixo da média dos países dos BRICS e ainda mais distante da média dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e do chamado G20, o grupo formado por 19 nações que têm as maiores economias do planeta e mais a União Europeia.
“Apesar desse retrato”, ressalta Roberto Livianu, “muita gente no Brasil trabalha para enfrentar e combater essa prática que tanto mal causa ao país, à democracia, à segurança, à justiça social e à economia”. Para ele, o Prêmio Não Aceito Corrupção “é uma forma de reconhecer esse esforço e sensibilizar e mobilizar todo o país a embarcar nessa causa”.
Nomes como Caio Túlio Costa, Eugênio Bucci, Filippe Vaz, Katia Brembatti, Maria Tereza Sadek e Merval Pereira, entre outros, irão compor o Comitê Estratégico da premiação.
A seguir, os detalhes de cada categoria e a quem elas se destinam:
- Academia: projetos acadêmicos, estudos de caso, pesquisas e papers produzidos por estudantes de graduação e pós-graduação, sobre conceitos e soluções práticas relacionadas à transparência, integridade, compliance e ESG (práticas de sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa) ao combate à corrupção em geral.
- Tecnologia e Inovação: projetos de soluções tecnológicas, produzidos por estudantes de graduação e pós-graduação – incluindo versões executáveis finalizadas, demonstração (demos), protótipos de aplicativos móveis ou plataformas web que contribuam para a sensibilização, mobilização e divulgação dos conceitos e soluções práticas relacionadas à transparência, integridade, compliance e ESG ao combate à corrupção em geral.
- Governança Corporativa: boas práticas nos setores público e privado, com ênfase especial na governança corporativa que promova especialmente a inclusão social e soluções práticas relacionadas à transparência, integridade, compliance e ESG ao combate à corrupção em geral.
- Experiência Profissional: categoria dedicada a profissionais do Direito, das universidades, gestores públicos e privados e empreendedores, com ideias inovadoras para prevenção e combate à corrupção a partir da experiência profissional nos diversos campos de atuação e soluções práticas relacionadas à transparência, integridade, compliance e ESG ao combate à corrupção em geral.
- Jornalismo Investigativo: reportagens produzidas e publicadas em veículos de imprensa no Brasil (mídia escrita impressa ou online, áudio, vídeo ou fotografia), que desvendem casos de corrupção no país em âmbito municipal, estadual ou nacional.
- Comunicação Local: conteúdos produzidos por comunicadores e veículos de circulação local e regional, que desvendem casos de corrupção em âmbito local/regional.
Serão premiados também:
Grande Prêmio: Vencedor dos Vencedores dentre as 6 categorias.
Menção honrosa ao Esporte: Destaque à atleta de qualquer categoria esportiva, clube esportivo ou empresa de âmbito esportivo, ou bom exemplo no campo esportivo, que se destaque pela integridade de suas ações e práticas.
Menção honrosa Internacional: Será dada aos profissionais e estudantes de destaque nos países de língua portuguesa, visando o combate a corrupção no Brasil.
Abaixo, o regulamento completo e o formulário de inscrição:
https://premionaoaceitocorrupcao.com.br
Ganhadores da edição anterior (2022) do Prêmio Não Aceito Corrupção.
E-book com os 12 trabalhos premiados: https://forms.gle/MPP45AMsP9CXKjmR8
Sobre o INAC:
O Instituto Não Aceito Corrupção (INAC) é uma associação civil, nacional e apartidária, sem fins econômicos, fundada em 2015. Com atuação em quatro frentes: pesquisa, políticas públicas, educação e mobilização da sociedade utiliza dados concretos para realizar discussão profunda, crítica e qualificada de leis e projetos de lei, de modo a contribuir para a edificação e aprimoramento de regras eficientes no enfrentamento do mau uso dos recursos públicos.