Automação tecnológica atinge mais empregos em países ricos
Do total de empregos em países de alta renda, 5,5% estão potencialmente expostos aos efeitos de automação da tecnologia, enquanto em países de baixa renda, tal situação diz respeito a 0,4% do emprego, estima a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que enxerga esses cenários como uma janela para benefícios, como a ampliação de vagas, se políticas corretas forem implementadas.
De acordo com a OIT, a maior parte dos empregos e das indústrias está exposta parcialmente à automação. Por sua vez, essa visão ressalta ser mais provável que as atividades sejam complementadas em vez de substituídas pela onda de Inteligência Artificial (IA) generativa.
Em vista disso, a tendência é de que o uso de recursos ligados à IA cresça cada vez mais. De acordo com o relatório do LinkedIn “Future of Work Report: State of AI”, em sua oitava página, o número de habilidade atreladas à IA que foram adicionadas por usuários da rede social praticamente dobrou desde o lançamento do ChatGPT, de 7,7%, entre maio e novembro de 2022, para 13%, entre novembro de 2022 a junho de 2023.
A OIT pontua que o trabalho de escritório é uma das categorias com maior exposição às tecnologias de IA, com quase um quarto das tarefas consideradas de alta exposição. Com base nisso, a organização internacional enfatiza que, embora a tecnologia colabore com os avanços em qualquer setor, são os humanos que devem orientar qualquer processo de transição.
A mesma visão é compartilhada pelo fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa. Ele reforça que a tecnologia não substitui o lugar do humano, e uma das razões para isso são os riscos que envolvem as transições.
“Trata-se de uma realidade: a tecnologia, que engloba também a IA e seus recursos, é questão vital do mundo corporativo, pois agiliza processos e demandas. No entanto é preciso uma visão ampliada sobre o tema e uma análise de todos os lados envolvidos, pois os efeitos podem ser positivos ou não. Por isso é importante a preparação da equipe sobre o assunto, com conteúdo seguro, para que não haja interpretações equivocadas nem consequências negativas”, conclui.