Barbie: longa-metragem influencia a economia com onda rosa
No dia 20 de julho, o filme “Barbie” ganhou as telas de cinema do Brasil e do mundo e, em menos de duas semanas, atingiu a marca de US$ 1,03 bilhões (R$ 5,05 bilhões) nas bilheterias globais, de acordo com dados oficiais da Warner Bros. Como resultado, Greta Gerwig conquistou o seu lugar na história como a primeira diretora a obter uma produção bilionária sozinha.
A estreia do longa-metragem trouxe à tona a chamada “onda rosa”: a cor passou a fazer parte do dia a dia dos brasileiros, marcando presença nos ambientes físicos e digitais, tanto de pessoas comuns, como de empreendedores, celebridades e, até mesmo, pessoas do universo político, como Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e a prefeitura de Londrina (PR) e do governo do Estado do Paraná.
Nilton Serson, que é advogado com cursos de especialização em negociação e mercado de capitais em Harvard, ex-professor da USP (Universidade de São Paulo) e do Mackenzie em Direito Comercial e Societário observa que a chamada “onda rosa”, decorrente da estreia do filme da boneca, considerada a mais famosa do mundo, tomou conta das redes sociais digitais, das salas de cinema e, também, dos noticiários recentes.
“A estreia do longa [Barbie] gerou uma oportunidade de marketing sem igual, com centenas de produtos licenciados lançados nas últimas semanas”, afirma.
Ele destaca que grandes varejistas lançaram coleções temáticas; “Marketplaces como o Mercado Livre viram suas buscas sobre produtos Barbie crescerem 130% em relação ao período anterior. Até a plataforma Shoppe entrou na ‘festa’, comercializando produtos”, reporta. Além disso, Renner e Riachuelo aproveitaram para lançar coleções temáticas não apenas para peças de vestuário, como também para itens de cama, mesa e banho, além de utilidades domésticas.
Serson sublinha que a “onda” provocada pelo filme chegou até mesmo ao mercado financeiro, impulsionando as ações da Mattel. “Desde o início de junho, os papéis acumulam alta de 21%”, afirma.
O especialista em negociação e mercado de capitais ressalta que a campanha do filme está em todos os lugares porque a Mattel, dona da marca Barbie, está vendendo mais do que apenas um filme: “O que você está vendo não é apenas uma promoção para o filme. É para a marca Barbie”.
Para Serson, também vale observar que, se a campanha parece estar acontecendo há meses, o planejamento vem sendo desenvolvido há anos: “Foram negociados contratos de licenciamento que levaram de um a dois anos para serem concluídos”, afirma. “O filme apela para um público que vai além daquele para o qual as bonecas são comercializadas – em parte porque está sendo dirigido por Greta Gerwig, de Adoráveis Mulheres”, conclui.
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