PMEs respondem por 70% das vagas de trabalho nos mercados emergentes
Até 2030, o mundo precisará de 600 milhões de novos postos de trabalho para absorver o crescimento da mão de obra. A perspectiva é da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem como base dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e evidencia as micro, pequenas e médias empresas como um fator positivo para a criação desses empregos, uma vez que, nos mercados emergentes, 70% das vagas formais estão nas pequenas e médias corporações.
Esses tipos de empresas são vistos como um dos caminhos na contramão da desaceleração econômica, dada a projeção da (OIT) de que o crescimento global do emprego será de apenas 1% em 2023 – menos da metade do nível de 2022. Assim, o desemprego global deverá aumentar cerca de 3 milhões, para 208 milhões.
A ONU enfatiza a Agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o número 8, como uma diretriz para o progresso das empresas que visam à oferta de trabalhos decentes. Para tanto, sustenta a necessidade de políticas orientadas para o desenvolvimento, que apoiem as atividades produtivas e a geração de empregos dignos.
Ainda de acordo com a OIT, medidas precisam ser implementas com urgência, visto que a desaceleração pode indicar que muitos trabalhadores terão de aceitar vagas de menor qualidade, mal remuneradas e com número reduzido de horas.
Da mesma ideia compartilha o fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa, ressaltando que as micro, pequenas e médias empresas têm grande importância nas economias. Ele cita que especialistas destacam que inovação, redução de desemprego e surgimento de novos mercados estão atrelados a esses tipos de organizações.
“O apoio a micro, pequenas e médias empresas é imprescindível. Embora a visão esteja mudando aos poucos, muitos líderes empresariais ainda precisam incorporar a cultura da inclusão, da diversidade e da igualdade de acesso. Sem dúvidas, os ODS e as práticas ESG, sigla para Ambiental, Social e Governança, são meios seguros para o estabelecimento de trabalhos decentes e cadeias de abastecimento sustentáveis”, conclui.