Dor no peito pode ser indício da Síndrome do Coração Partido

Dor no peito, dificuldade de respirar, tonturas e ânsia de vômito, falta de vontade de comer, dor no estômago, raiva, tristeza profunda, depressão, dificuldade para dormir e cansaço excessivo. Esses sintomas, parecidos com os de infarto, são clássicos da Cardiomiopatia de Takotsubo, mais conhecida como Síndrome do Coração Partido. A doença afeta o músculo cardíaco cuja principal característica é a disfunção súbita do ventrículo esquerdo. É um problema raro e também pode ser definido como cardiomiopatia por estresse.

A alteração acontece após situações de grande estresse emocional ou físico, seja pelo rompimento de um relacionamento amoroso, morte de uma pessoa próxima, perda de emprego, problema financeiro, acidente, problema de saúde ou outros. O estresse emocional e físico são alguns dos fatores que impulsionam a síndrome. 

“A síndrome do coração partido normalmente é considerada uma doença com origem psicológica”, afirma o Dr. Rizzieri Gomes, médico cardiologista, focado na mudança do estilo (MEV) de seus pacientes. “A doença pode estar relacionada ao excesso de descarga de adrenalina, provocada pelo trauma enfrentado, afetando o funcionamento do coração, podendo levar a sintomas semelhantes ao do infarto”, diz. “E quando na forma grave, pode acarretar um quadro de falência do coração, edema de pulmão ou ainda arritmia, levando à morte súbita”, completa o médico.

O Dr. Rizzieri Gomes também informa que “a atividade física é necessária para prevenção às doenças cardiovasculares. Ainda mais para aquelas pessoas que estejam sob estresse emocional. Corridas ou caminhadas, individuais ou em grupo, têm efeitos muito positivos no combate ao estresse emocional ajudando a curar a síndrome. A prática de atividade física ajuda a combater a dor causada por grandes acontecimentos negativos que acabam comprometendo as funções cardíacas”.  Aqui vão 10 dicas do Dr. Rizzieri para correr de maneira saudável:

  1. Invista o tempo fazendo o alongamento corretamente antes de começar qualquer atividade física.

  2. Comece caminhando. Pode ter certeza que alguém que hoje corre muito não começou nem com distâncias, nem em alta intensidade. 

  1. Não corra todos os dias (pelo menos no começo).

  2. Intercale a intensidade, alternando entre corrida e caminhada.

  3. Tenha metas; para você melhorar você precisa de um objetivo. Pode ser conseguir correr um quilômetro, para iniciar. Depois aumente gradativamente, conforme sentir segurança.

  4. Invista em um bom tênis adequado para o seu peso e para a sua pisada. Tênis é fundamental para minimizar lesões.

  5. Faça uma avaliação física, um teste de esforço, principalmente se você tem comportamento de risco, ou seja, está acima do peso, fuma, consome bebida alcoólica ou tem histórico familiar de doença cardiovascular.

  6. Tenha ferramentas para medir o desempenho. Uma delas pode ser um daqueles relógios que mensuram a frequência cardíaca.

  7. Não se compare com ninguém. Cada pessoa tem objetivos pessoais. Preocupe-se com a sua evolução e os seus resultados.

  8. ‘Escute’ o seu corpo. Ele pode dar sinais de que já está chegando no limite. Respeite-o para não ter lesões.