DENGUE: Casos prováveis crescem 172,4% em um ano, aponta boletim do Ministério da Saúde

Dado é do mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde; Brasília (DF) é a cidade que apresentou o maior registro de casos prováveis de dengue no período

O número de casos prováveis de dengue no Brasil aumentou 172,4% em 2022, na comparação entre janeiro e dezembro de 2021. Em todo o país, são 1,4 milhão de registros da doença este ano. A maior taxa de incidência está na Região Centro-Oeste, com 1.993 casos para cada 100 mil habitantes, seguida por Sul, Sudeste, Nordeste e Norte. Os dados são do mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. 

Ainda segundo o boletim do Ministério, Brasília (DF), com 67.274 casos, é a cidade que apresentou o maior registro de casos prováveis de dengue no período. Seguem a capital federal, como os que concentram os maiores números de casos prováveis os municípios de Goiânia e Aparecida de Goiânia, em Goiás, Joinville, em Santa Catarina, e as paulistas Araraquara e São José do Rio Preto.

Diante desse cenário, a coordenadora da equipe de Saúde da Família no Distrito Federal, enfermeira Adryenne de Carvalho Mello, alerta que todas as pessoas correm o mesmo risco de contrair dengue e, por isso, devem redobrar os cuidados de prevenção. A especialista recomenda estar atento aos sinais e sintomas da doença e procurar assistência na unidade de saúde mais próxima. 

“Normalmente, o primeiro sintoma da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início repentino, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração (fadiga), fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas. Na fase febril, é difícil diferenciar a doença de outras enfermidades. Por isso, é importante consultar um médico em caso de suspeita.”

Segundo informações do Ministério da Saúde, o vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada. A principal orientação para evitar a proliferação do mosquito e, consequentemente, diminuir a transmissão da doença é manter a limpeza e cobrir reservatórios e qualquer local que possa acumular água com telas, capas ou tampas. 

Adryenne de Carvalho Mello reforça as orientações e garante que a prevenção é a melhor forma de combater a doença.

“Esvaziar garrafas, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água são algumas iniciativas básicas. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os seus ovos.”

Outra dica muito importante é evitar tomar qualquer remédio por conta própria. Isso porque, de acordo com a especialista, o vírus da dengue diminui a produção das plaquetas no sangue e algumas medicações com ação anticoagulante podem desencadear hemorragia e até levar à morte, dependendo da gravidade do caso. Por isso, em caso de dúvida ou ao notar qualquer sintoma, é essencial procurar atendimento médico.   

Todo dia é dia de combater o mosquito. E de ficar atento aos sintomas também. Saiba mais sobre as formas de prevenção aos focos do Aedes aegypti e orientações no site www.gov.br/combataomosquito.

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