Tecnologia facilita acesso de clientes a financiamentos e outros serviços bancários

A transformação digital de instituições bancárias é essencial para empresas e clientes se fidelizarem. Hoje, novas ferramentas e possibilidades de prestações de serviços estão sendo ampliadas para promover a desburocratização do acesso por aqueles que não conseguem serviços bancários comuns como financiamentos e empréstimos. Porém, ainda é um desafio levar essa facilidade para regiões com pouco acesso aos meios digitais. 

Entre as iniciativas para superar essa barreira, o Banco da Amazônia (Basa) vem se destacando por ações de assistentes técnicos, que levam esses serviços até produtores rurais e outros segmentos da população menos urbanizados. O Basa Digital é uma plataforma, composta por uma solução web mais aplicativo, desenhada para reduzir a distância entre o produtor rural e o crédito. É o que explica Valdecir Tose, presidente do Basa.

“Nós temos assessores de negócio que vão até os batedores de açaí, o feirante. Com um tablet, ele tira fotocópia dos documentos, faz abertura de conta, ele faz o crédito, tudo diretamente através do aplicativo”, conta. O presidente lembra ainda que o Basa foi o primeiro banco a ofertar o acesso ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) por meio digital.

“A assistência técnica, a Emater, a Ceplac, vão junto ao produtor, com seus smartphones, e coletam os documentos desse produtor. Quando chega na cidade, ele manda essas informações para o banco, o banco pega todos os dados que tem, pega a declaração de aptidão, as certidões negativas, tudo isso é pego de uma base de dados e, em até 72 horas, o crédito é aprovado e liberado, ou diretamente em uma conta que já foi aberta ou através de um cartão de débito que ele vai poder utilizar na sua localidade”, detalha.

Os desafios do Banco da Amazônia em realizar a transformação digital dos seus serviços surgiram principalmente por se tratar de uma instituição bancária que nasceu ainda em 1942 e também por atender diversas famílias de áreas rurais. Mas esses desafios foram superados a partir de trabalhos pensados para o ambiente virtual. “Isso é a inovação de um banco estatal. Sair de um modelo tradicional de análise, que demorava 60 dias e passar pelo modelo digital, que demora até 72 horas para aprovar um crédito”, pontua Valdecir.

Além do Pronaf, o Banco da Amazônia oferece serviços voltados ao microempreendedor individual (MEI) e operações de Microcrédito Produtivo Orientado (MPO), entre os destaques. O Sebrae será um dos parceiros para o MEI, disponibilizando serviços que auxiliam a população no preenchimento de dados e outras ações. “Então, ao mesmo tempo que eu faço o crédito mais rápido, eu ajudo nessa inclusão digital dessa população. Uma população que não estava acostumada com o digital, mas, a partir do financiamento, ela pode estar já dentro do digital”.

Uma família beneficiada com financiamentos do Basa foi a de Josy Kelly Rodrigues e Heraldo Lima, moradores do Pará. Segundo ele, a capacitação dos funcionários para realizar esses serviços aos clientes também é um diferencial. “Quanto ao financiamento do projeto achei que não foi tão difícil, não foi burocrático. Eles fazem de tudo para ajudar”, diz Heraldo.

Para especialistas, essa é uma via de benefícios econômicos a todos os envolvidos. Enquanto a população usufrui dessa acessibilidade, os bancos promovem mais formas de facilitar processos antes complexos. “A digitalização e os bancos virtuais vieram para facilitar muitas vezes a vida do cliente, através do internet banking, do home broker. Facilita porque o cliente pode fazer operações durante 24 horas do dia, sete dias da semana”, opina o economista e professor da Universidade de Brasília (UnB), César Bergo.
 

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Fonte: Brasil 61

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