Academia STEM, da UEA, capacita estudantes para necessidades do Polo Industrial de Manaus
Incentivado pela Samsung, projeto está instalado na Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (EST/UEA)
Estimulando a formação profissional no Amazonas, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), por meio do projeto Academia Stem (AcadStem), utiliza metodologias ativas na capacitação dos estudantes de áreas de exatas para o mercado de trabalho. Com o novo espaço, capaz de atender até 500 estudantes, o objetivo é potencializar o ensino da engenharia com foco no Polo Industrial de Manaus (PIM).
Inaugurada em outubro de 2021 na Escola Superior de Tecnologia (EST) da UEA, a Academia STEM é voltada à capacitação e formação profissional, buscando desenvolver, potencializar e divulgar as áreas de Engenharia de Automação e Controle, Engenharia da Computação, Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, Engenharia de Produção e Sistemas de Informação.
“Nós detectamos que existe uma demanda muito grande por engenheiros. O Brasil e o Amazonas não formam engenheiros o suficiente para suprir as necessidades. Então nos unimos à Samsung e, por meio da Lei de Informática, criamos um projeto para incentivar novos engenheiros e melhorar o ensino de engenharia aqui na UEA”, afirmou Jucimar Maia Júnior, coordenador geral da AcadStem.
Ainda conforme o coordenador, o diferencial da AcadStem está nos três pilares de ensino que norteiam as atividades do projeto: a tração, permanência e excelência, as quais, em resumo, buscam atrair novos talentos para a engenharia ainda nas escolas e os preparam até a última etapa do processo acadêmico, que é o mercado de trabalho.
“Nessa questão nossa de atrair pessoas, de atrair novos alunos para cá, a gente percebeu que muita gente não conhecia a UEA. No final disso tudo, eles ficam aptos a serem captados por diversas empresas e escritórios para trabalhar”, destacou.
Grandes empresas – Destacando o esforço da universidade por mais recursos financeiros, como é o caso do projeto AcadStem, o representante da Agência de Inovação da UEA, Washington Filho, ressalta que o investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação é a chave para garantir profissionais mais preparados para o dia a dia das grandes empresas.
“O objetivo final é dar uma luz no fim do túnel, porque essas empresas além de trazer recursos trazem os problemas técnicos, entre eles a falta de profissionais capacitados. O nosso objetivo é que amanhã os nossos alunos do estado tenham uma capacitação melhor, uma formação melhor, que é o que busca o Polo Industrial de Manaus”.
Estudante do 4º período de Engenharia de Produção, Beatriz Souza, de 18 anos, conta que desde o Ensino Médio apresentava vocação para áreas de exatas, principalmente nas disciplinas de Matemática e Física.
“O Stem profissionaliza a gente para o mundo real, para empresas, então toda capacitação que temos é para usar quando formos estagiar ou estivermos trabalhando. Nós nos tornamos profissionais melhores, apesar da engenharia ser um curso bastante difícil, e o Stem dá a oportunidade de a gente gostar do que faz e ter o contato com a engenharia de fato”.
Espaço – Com capacidade para receber 500 estudantes, os três andares contam com dez salas de aula e espaços interativos. No térreo, o Centro de Convivência (CDC) é composto por um amplo ambiente para interação e aberto para todos os acadêmicos. Os espaços de ensino, localizados nos dois andares superiores, foram construídos com paredes móveis, que possibilitam a ampliação das salas, conforme a necessidade de adaptação.
As peças retráteis permitem que diferentes atividades sejam promovidas nos laboratórios. Além disso, o espaço foi integralmente pensado para facilitar o ensino por meio de metodologias ativas, que buscam colocar o aluno como uma peça central do processo de aprendizagem. O prédio conta ainda com laboratórios especificamente voltados para aulas de automação e computação.