Saúde emite nota técnica para reforçar vigilância contra o sarampo e recomenda vacinação

Campanha de vacinação contra o sarampo tem início no dia 4 de abril, as vacinas estão disponíveis nos postos do SUS em todo o estado

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), divulga, nesta quinta-feira (24/03), nota técnica com alerta para fortalecimento da Vigilância Epidemiológica do sarampo. O documento enfatiza, ainda, a importância da vacinação com a tríplice viral com o objetivo de prevenir a reintrodução do vírus no estado.

A nota técnica 06/2022 FVS-RCP enfatiza que o fortalecimento da Vigilância Epidemiológica, em especial a do sarampo, possibilita a identificação oportuna de casos suspeitos/confirmados da doença e favorece a tomada de medidas em tempo hábil, por parte dos gestores municipais e estaduais de saúde.

Entre as recomendações técnicas está a orientação de que os profissionais de saúde devem estar com a vacinação comprovada contra sarampo (duas doses, independentemente da idade) e que todos os pacientes identificados como casos suspeitos/confirmados e acompanhante devem ser atendidos de imediato, além de usar máscara enquanto aguardam atendimento. A nota está disponível em:  https://bit.ly/3L5JGbZ.

O diretor técnico da FVS-RCP, Daniel Barros, destaca que a nota foi produzida para alertar para a importância de a Vigilância em Saúde estar ainda mais sensível ao cenário epidemiológico de sarampo no Amazonas. Em 2021, foram notificados e descartados 36 casos da doença. Aliado à baixa cobertura vacinal e ao registro de surto ativo no Amapá desde 2021, o reaparecimento da doença é uma possibilidade.

“No Amazonas, foi registrada alta de casos entre 2018 e 2020, quando houve o último caso confirmado de sarampo no Amazonas. No entanto, em 2022 (até o dia 26 de fevereiro), foram registrados dez casos no país, sendo nove no Amapá e um em São Paulo. Não há casos confirmados de sarampo no Amazonas, mas é preciso sempre prevenir para que não seja reintroduzida essa doença no estado”, afirma Daniel.

Em 2021, foram registrados 668 casos em seis estados brasileiros, além de surtos de sarampo confirmados nos Estados Unidos, com 49 casos, e Guiana Francesa, com cinco casos.

Vacinação – A vacina Tríplice Viral é a única forma de prevenção contra a doença e, nos últimos seis anos, o Amazonas vem apresentando coberturas abaixo de 95%, que é a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI).

O esquema vacinal contra o sarampo é de duas doses, sendo a primeira dose na criança de 12 meses de idade; e a segunda dose quando é atingida a faixa etária de 4 a 6 anos. Desde 2018, estão sendo aplicadas doses zero em crianças de 6 a 11 meses. Em profissionais de saúde também são duas doses que são aplicadas em qualquer idade.

Em 2021, a cobertura vacinal da primeira dose foi de 69,45%, e da segunda dose, de 42,05%.

“Desde 2016, as coberturas vacinais da 2ª dose variaram de 42% a 82%, indicadores muito aquém da meta preconizada. Alertamos toda a população que levem seus filhos para atualizar a caderneta de vacina sob risco de que tenhamos que enfrentar surto de sarampo no Amazonas”, alerta a enfermeira Angela Desirée, do Departamento de Vigilância Epidemiológica da FVS-RCP (DVE/FVS-RCP).

Angela destaca, ainda, que o Ministério da Saúde anunciou campanha de vacinação contra o sarampo com início para o dia 4 de abril. “Todos os pais e responsáveis devem atualizar as cadernetas de vacinação das crianças. A vacinação é a principal medida de prevenção e controle do sarampo”, acrescenta a enfermeira.

As campanhas de vacinação são de responsabilidade das secretarias municipais de saúde; e as vacinas contra o sarampo estão disponíveis nos postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS), em todo o Amazonas.

Sarampo – O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, potencialmente grave, transmissível e extremamente contagiosa. A doença pode sustentar transmissão ampla, capaz de registrar surtos explosivos e afetar todas as faixas etárias.

Na fase inicial, a doença pode apresentar sintomas semelhantes à Covid-19, como febre, tosse, coriza, mal-estar e, em alguns casos, exantema (manchas vermelhas na pele).

Referência – A FVS-RCP é responsável pela Vigilância em Saúde do Amazonas e atua no monitoramento de doenças no estado. A instituição funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na avenida Torquato Tapajós, 4.010, Colônia Santo Antônio, Manaus. O contato telefônico da FVS-RCP é o (92) 3182-8510.

FOTO: Divulgação/FVS-RCP

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