Moraes mantém delegado à frente de inquérito que apura se Bolsonaro tentou interferir na PF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (14) a permanência do delegado da Polícia Federal Felipe Alcântara Leal à frente do inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na PF.
Leal passou a conduzir o inquérito no lugar de Christiane Machado, que deixou a função no ano passado. Segundo apurou a TV Globo, a decisão de Moraes foi motivada pelo fato de que o inquérito está parado e era preciso garantir que o caso ficasse com um delgado que já tivesse conhecimento da apuração, uma vez que está na fase final.
Está marcado para setembro deste ano o julgamento, pelo STF, sobre o formato do depoimento de Bolsonaro: presencial ou por escrito. A partir daí, o inquérito poderá ser retomado.
O inquérito foi aberto a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) e tem como base acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.
Segundo moro, Bolsonaro tentou interferir em investigações da PF ao cobrar a troca do chefe da Polícia Federal no Rio de Janeiro e ao exonerar o diretor-geral da corporação (leia detalhes mais abaixo).
Desde que Moro fez a acusação, Bolsonaro nega ter tentado interferir na corporação.