Nível do Rio Negro sobe e Manaus já registra a terceira maior cheia da história
Centro da capital tem vias interditadas por causa da invasão da água. Pelo menos 52 dos 62 municípios do Amazonas enfrentam prejuízos.
O nível do Rio Negro alcançou 29,72 metros, nesta segunda-feira (17), em Manaus. Já é a terceira maior cheia da história, desde o início dos registros em 1902. A cidade decretou situação de emergência.
A água já alcança a Praça do Relógio, um dos pontos turísticos do Centro da cidade. A enchente também afeta a Alfândega de Manaus, um edifício construído na primeira década do século XX e que hoje faz parte do Conjunto Arquitetônico do Porto de Manaus, tombado como patrimônio histórico.
Lojistas na região construíram uma espécie de barricada na tentativa que a água não entre nos estabelecimentos.
A subida da água se aproxima da cheia histórica registrada no ano de 2012, quando o rio chegou a 29,97 metros. A previsão do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) é de que neste ano o nível chegue até a 30,35 metros, ultrapassando o recorde.
Dos 62 municípios do estado, 52 estão alagados. De acordo com dados da Defesa Civil, 408.827 pessoas estão afetadas.
Maiores cheias do Rio Negro:
- 2012 – 29,97m
- 2009 – 29,77m
- 2021 – 29,72 m
- 1953 – 29,69 m
- 2015 – 29,66m
- 1976 – 29,61m
- 2014 – 29,50m
- 1989 – 29,42m
- 2019 – 29,42m
- 1922 – 29,35m
- 2013 – 29,33m
Cheia no interior
Em Parintins, o Rio Amazonas, que banha a cidade, alcançou o maior nível da história. A Prefeitura diz que enfrenta dificuldade para comprar madeira, insumo para a construção de pontes e marombas, alternativas para acessar as moradias atingidas pela enchente.