Um ano de pandemia: com dificuldades financeiras e carreira em crise, busca por cuidados com a saúde mental cresce 250%
A pandemia trouxe não só o vírus, mas também a necessidade do isolamento social, desemprego e uma grave crise financeira. De acordo com pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) em onze países, as restrições que tanto ajudam a conter o avanço da Covid-19, podem prejudicar a saúde mental. Segundo o estudo, o Brasil é o país que mais tem casos de ansiedade (63%) e depressão (59%). Em segundo lugar está a Irlanda com 61% das pessoas com ansiedade e 57% com depressão, e os Estados Unidos, com 60% e 55%, respectivamente.
O estudo só comprova, em números, o que muita gente já suspeitava: que o isolamento social pode afetar as pessoas – com especial atenção, segundo os dados, para mulheres, jovens, pessoas que já possuem alguma condição mental, para quem perdeu o emprego ou teve que lidar com o home-office. Nesse sentido, a Amarq – empresa especializada em gestão de benefícios com foco na inteligência em saúde e bem-estar – viu a busca por atendimento psicológico para colaboradores de empresas disparar para 250%. “Vimos a necessidade de oferecer aos nossos clientes um programa de saúde emocional para ajudar a cuidar das pessoas antes do agravamento dos quadros. Nesse momento, pensar no fator humano e cuidar do equilíbrio dos times é essencial”, avalia a CEO Mariana Marques.
O Programa de Saúde Emocional, oferecido pela Amarq, passou a integrar o serviço de teleconsultas. Com atendimento especializado, os colaboradores podem acessar psicólogos e terapeutas para atender suas necessidades e com total sigilo do atendimento. “Queremos que esse colaborador se sinta à vontade para recorrer aos especialistas e, com isso, possa lidar de maneira positiva com os impactos que a Covid-19 trouxe para a vida de todos nós”, avalia Mariana.
A executiva acrescenta que se trata de uma solução para auxiliar antes da piora dos pacientes, para que as pessoas tenham o acolhimento necessário e cuidem da saúde antes da doença. “Na pandemia vimos a busca pelo serviço aumentar e, muitas vezes, esses pacientes chegavam ao pronto-socorro com sintomas decorrentes de depressão e ansiedade. Com o nosso serviço de teleconsultas, há uma equipe com especialistas de plantão e à disposição para ajudar nesse diagnóstico, sem que haja a necessidade de um atendimento emergencial em hospitais”.