Festival ECA de Cinema traz produções de jovens e crianças
Mostra conta com 23 filmes realizados por crianças e adolescentes entre 12 a 18 anos, além de filmes consagrados, como o premiado curta Nimbus, de Marcos Buccini
“Ser preta, mulher e pobre nesse lugar, muitas vezes, é sinônimo de coragem”, diz a jovem aspirante a cineasta Alice Conde Araujo de Oliveira no seu filme “A História da minha cor”. A menina, com outros 23 jovens e crianças participam do 3º Festival de Cinema Educa Claquete Ação, que acontece até o dia 16 de fevereiro, na plataforma de streaming do Festival. (https://festivaleca.com.br/mostra)
Com curadoria de Eduardo Santana, o 3º Festival de Cinema Educa Claquete Ação (ECA) conta com 23 filmes, frutos de oficinas online de cinema que aconteceram no mês de janeiro de 2021. Além de filmes consagrados, como o premiado curta-metragem de animação em stop motion, Nimbus, de Marcos Buccini, que trata de valores universais como a miséria, as crenças e a relação do homem com a natureza. E o filme “A Bola Especial”, de Ralph Friedericks, que conta a história de uma bola roubada de maneira misteriosa.
De acordo com Alba do Vale, diretora da Objetiva Produções Cinematográficas, que realiza desde 2012 o Festival de Cinema Educa Claquete Ação “O projeto tem como foco a temática educativa e utiliza a Sétima Arte como um instrumento de aprendizado prazeroso e lúdico”. Essa é a primeira vez que o Festival Educa Claquete Ação (ECA) acontece de forma online.
Filmes feitos com celular:
Não só no Brasil como no mundo, os celulares estão cada vez mais presentes no convívio de crianças e adolescentes. No 3º Festival de Cinema Educa Claquete Ação (ECA) eles foram usados como ferramenta de ensino e lazer, trazendo um grande engajamento dos jovens.
O resultado mostrou que esses nativos digitais têm potencial para ir muito além de joguinhos e mídias sociais no uso de celulares.
“Aprendi muito no curso, a fazer um roteiro, usar o aplicativo para edição, entre outras coisas. Fiz o filme “A História da minha cor”, pois acredito que a sociedade tenha que ter respeito e empatia pelo negro”, ensinou Alice, de apenas 15 anos. ( Veja ).
Temas:
Foram diversos os temas abordados pelos jovens: animais, carros, educação, poesia, entre outros. Um tema recorrente foi a pandemia. O garoto Cailon Sérgio da Fonseca Dias, viajou pelo tempo no seu filme “Isolamento Social” e foi para 2040 contar o que a humanidade passou em 2020 com a Covid 19. Confira aqui:
Usando a técnica de animação em Stop Motion no filme “ Se em Marte é seguro e para lá que eu vou” , os adolescentes Alana Gabriely Martinez Martins e Kauê Martins de Castro, pensaram em viajar em uma missão ao planeta vermelho até que a vacina contra o covid-19 chegasse.
O 3º Festival de Cinema Educa Claquete Ação tem apoio cultural da Prefeitura de Taboão da Serra pela Lei Aldir Blanc.