Equipe do Governo do Amazonas segue para Boca do Acre para traçar ações emergenciais de socorro às vítimas da enchente
Uma equipe técnica composta por membros de diversos órgãos do Governo do Amazonas, sob a coordenação da Defesa Civil do Estado, visitará o município de Boca do Acre (a 1.028 quilômetros de Manaus), nesta quinta-feira (25/02), para avaliar os impactos da enchente na localidade. O diagnóstico, que incluirá os danos econômicos e sociais, ajudará a traçar a estratégia emergencial de socorro às vítimas, em cooperação com a Prefeitura Municipal, que decretou, há alguns dias, situação de emergência na cidade.
Farão parte da comitiva representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) para o interior, da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), e técnicos de áreas consideradas essenciais. O trabalho a ser feito pela equipe incluirá, ainda, os problemas derivados da cheia em áreas como saúde e educação, entre outras. Um levantamento sobre a quantidade de famílias desabrigadas e as principais prioridades, como a necessidade de suporte com alimentação e água potável, será realizado neste primeiro momento. O objetivo é minimizar os efeitos da cheia à população.
Ações de cunho sanitário também devem entrar na pauta, tendo em vista o aumento do risco de doenças transmitidas pelo contato direto com a água contaminada, em possíveis ambientes insalubres. Além disso, a combinação do calor – preponderante em cidades de clima tropical – e água parada em excesso, privilegia o aparecimento de novos casos de dengue, uma preocupação a mais quando o assunto é o controle epidemiológico.
O aumento do volume de chuvas, com o período sazonal, tem sido acompanhado diariamente pela Defesa Civil do Amazonas, através de monitoramento das nove calhas de rios que compõem o Estado (Alto Solimões, Triângulo – Juruá, Jutaí e Solimões -, Purus, Alto Juruá, Madeira, Alto Rio Negro, Rio Negro e Solimões, Médio Amazonas e Baixo Amazonas).
O trabalho é feito através do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), que atua com a coleta de informações junto aos órgãos oficiais, a exemplo da Agência Nacional de Águas (ANA), do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).
O acompanhamento permite que um cronograma de atendimento seja construído pelas autoridades, e ações de suporte sejam antecipadas, caso necessário, a exemplo do que ocorrerá em Boca do Acre.
Atualmente, cinco municípios encontram-se em situação de alerta em função do aumento das chuvas (Lábrea, Tapauá, Canutama, Carauari e Juruá) e seis estão em situação de transbordamento (Pauini, Guajará, Envira, Eirunepé, Itamarati e Ipixuna – os três últimos já decretaram situação de emergência por inundação).