Canal Angelini aborda o sincretismo religioso na Bahia
Janeiro foi o mês do Nosso Senhor do Bom fim e fevereiro é mês de Yemanjá. A Bahia é sinônimo de sincretismo religioso entre as religiões de matriz africana e católica. Para entender as festas da Bahia, o Canal Angelini entrevista a Iyálaxe Juçara Lopes.
Noviça da Irmandade da Boa Morte, enfermeira especializada em saúde da população negra, trabalha atualmente no Quilombo do Tabuleiro da Vitória na Cidade de Cachoeira, cidade onde nasceu, Juçara Lopes é a idealizadora e fundadora do Movimento de Mulheres de Axé do Brasil e vai contra como é a “parceria religiosa” nas festas tradicionais da Bahia. “O candomblé é muito ligado `a natureza, usamos branco, lavamos com ervas e cultuar os orixás com os santos católicos foi uma estratégia de sobrevivência religiosa dos ancestrais”, explica a Iyálaxe.
Juçara conta sobre as principais festas: Senhor do Bonfim (segunda quinta-feira de janeiro), a festa de Iemanjá dia 2 de fevereiro, Nossa Senhora da Boa Morte (13-17 agosto), São Cosme e São Damião em 27 de setembro, dezembro tem a festa para Santa Bárbara-Iansã (dia 4) e Nossa Senhora da Conceição (dia 8), a padroeira da Bahia.
“É importante desmistificar o sincretismo religioso e entender que o que vemos na Bahia está na cultura do brasileiro. Juçara explica que a estratégia dos negros para cultuar os seus Orixás foi através do sincretismo e culto aos santos católicos.”, conta Cris Angelini.