Em tentativa de favorecer Joel Lobo, cabo eleitoral é denúnciado por divulgar pesquisas falsas no Careiro Castanho
Alvo de diversos processos no Tribunal de Contas do Estado do Amzonas (TCE-AM) por irregularidades em suas prestações de contas, o nome do ex-prefeito de Careiro Castanho, Joel Lobo, se envolveu em mais um processo, desta vez junto à Justiça Eleitoral. Um de seus cabos eleitorais, Luiz de Almeida Nevez, foi denunciado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) por divulgar pesquisa de intenção de votos falsa no município, ato que pode gerar multas de mais de R$ 100 mil e até prisão. O número do processo é 0600042-13.2020.6.04.0023.
De acordo com a Denúncia Crime feita ao TRE-AM pelo Partido Republicano (PR), no dia 29 de fevereiro deste ano, o cabo eleitoral, que é ex-secretário de Joel Lobo, divulgou em diversos grupos uma pesquisa não registrada, que inclusive foi divulgada em um grupo de WhatsApp de um portal de notícias de Careiro Castanho, supostamente a mando do ex-prefeito.
A Justiça Eleitoral alerta que o cidadão que divulgar pesquisas sem registro ou falsas nas redes sociais ou em qualquer plataforma da internet ficará sujeito ao pagamento de multa e até detenção nas eleições deste ano. De acordo com a Resolução TSE 23.549/2017, a divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações sujeita os responsáveis à multa no valor de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00 (Lei nº 9.504/1997, arts. 33, § 3º, e 105, § 2º). Por outro lado, a divulgação de pesquisa fraudulenta (falsa) constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa no valor de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00.
Vale lembrar que apesar do esforço dos cabos eleitorais e do próprio Joel Lobo, o ex-prefeito está inelegível por ter contas reprovadas pelo TCE e ter sido condenado e não deve disputar as eleições municipais este ano, atrapalhando inclusive os planos de seu pré-candidato a vice, o tabelião César Lins. Ele teve as contas reprovadas pela Câmara Municipal de Careiro e TCE com aplicação de multas nos valores de R$ 13.152,36 e R$ 8.768,25. O ex-prefeito também já foi condenado a de devolver aos cofres públicos R$ 859,7 mil em multas e alcance devido a irregularidades encontradas nas contas da prefeitura referentes ao exercício de 2012.