Nível do Rio Negro registra 24,80 metros, maior marca desde janeiro
O monitoramento é feito diariamente. A previsão é de que a cheia será maior que a registrada em 2019
Manaus – Foi registrado na manhã desta terça-feira (17) o maior nível do Rio Negro desde janeiro de 2020. O rio encheu 3 cm neste primeiro semestre. O nível do rio é atualizado diariamente pelo engenheiro do Porto de Manaus Valderino Pereira, e monitorado pela Defesa Civil do Amazonas.
Em fevereiro deste ano, a Prefeitura de Manaus realizou a primeira reunião de planejamento da ‘Operação Cheia 2020’. A partir desta reunião, o secretário-executivo da Defesa Civil, Cláudio Belém, deu início a programação de integração e apresentação do plano de ação das pastas municipais integrantes da ação, de forma preventiva e eficaz.
Neste mês já iniciarão o planejamento das vistorias a serem realizadas pelos técnicos do órgão, nos bairros da cidade passíveis de alagação durante o fenômeno e na zona rural da cidade.
A maior enchente registrada foi em 2012, quando o nível do rio alcançou 29,97 metros, a cota mínima da vazante foi registrada em 2010 com 13,63 metros. A Defesa Civil trabalha de acordo com os alertas divulgados pelo CPRM, o primeiro está previsto para o dia 31 deste mês.
No período de enchentes, as ruas Barão de São Domingos, no trecho entre a avenida Joaquim Nabuco, rua Pedro Botelho e rua dos Barés, são interditadas devido ao avanço da água do rio Negro.
Cheia de 2019
Em 2019, o Rio Negro desceu 11 metros e quem navegava pelas águas da região precisava de cuidado por conta dos perigos. O período da vazante encerrou no início de novembro. A cheia dos rios do Amazonas, no primeiro semestre de 2019, contabilizou prejuízos na pecuária e agricultura de R$ 65,9 milhões, de acordo com dados do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam).
O Instituto informou que as regiões mais afetadas com a cheia são as do rio Madeira, do município de Manacapuru e o entorno de Manaus.
Entre os produtos mais afetados estavam a banana, macaxeira, mandioca, milho e o maracujá. As hortaliças e a cultura do cacau também registraram perdas significativas. De acordo com a Defesa Civil do Estado, 51.717 pessoas foram atingidas pelas enchentes, na Calha do rio Madeira, na Calha do rio Purus, 16.118 e na do rio Juruá foi 51.407 ribeirinhos foram afetados.