Região Norte mantém baixo índice de rede esgoto abaixo de 20%, aponta Ministério do Desenvolvimento

Entre as capitais do país, Manaus e Rio Branco apresentam os menores índices de atendimento do Brasil, os quais estão na faixa de 20% a 25%

A Região Norte é a que tem menor índice de atendimento total de esgoto do país, chegando a 13,1%, enquanto a Sudeste lidera o índice de atendimento total, com 80,5%. Em seguida vem o Centro-Oeste (59,5%), o Sul (47,4%), e o Nordeste (30,3%).

Os estados do Amazonas, do Acre, do Pará, de Rondônia e do Amapá têm um índice de atendimento inferior a 20%.

E duas capitais do Norte, Manaus (AM) e Rio Branco (AC), apresentam os menores índices de atendimento do Brasil, os quais estão na faixa de 20% a 25%.

Os dados são documento denominado Diagnóstico Temático da Gestão Técnica de Esgoto, lançado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

O levantamento contou com dados enviados relativos a esgotamento sanitário por 4.744 municípios, feito em 2020 e mostra ainda que 2.807 municípios disseram ter rede de abastecimento de água e rede coletora de esgoto.

O documento mostrou ainda que 1.937 municípios brasileiros não têm rede coletora de esgoto e utilizam soluções alternativas. Dentre essas soluções incluem-se fossas sépticas, fossas rudimentares, galerias de águas pluviais e lançamento de esgoto em curso d’água.

As cidades de Florianópolis (SC), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Aracaju(SE), São Luís (MA), Recife (PE), Natal(RN), Maceió(AL) e Teresina(PI) possuem índices de atendimento urbano por rede de esgoto entre 37% e 68%.

O levantamento mostrou que os índices de atendimento urbano por rede de esgoto inferiores a 20% estão concentrados na macrorregião Norte.

Na comparação das capitais dos estados, treze (Curitiba/PR, São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Goiânia/GO, Porto Alegre/RS, Brasília/DF, Boa Vista/RR, Palmas/TO, Campo Grande/MS, Salvador/BA, Rio de Janeiro/RJ, João Pessoa/PB e Vitória/ES) possuem um índice de atendimento urbano por rede de esgoto superior a 80%. 

A variação é muito grande entre as macrorregiões, com valores muito altos no atendimento dos municípios da zona urbana e bem baixos quando se referem aos da zona rural, disseram os organizadores.

O diagnóstico integra o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e inclui informações sobre prestação de serviços públicos de esgotamento sanitário no Brasil, índices de atendimento de coleta e tratamento de esgoto e soluções alternativas implementadas no país.

O índice de atendimento urbano por rede de esgoto por capital e estado  por ordem são os seguintes: Campo Grande, 88,4%, Rio de Janeiro 88,0%, Belo Horizonte 93,7%, João Pessoa 81,9%, Porto Alegre 91,5%, Florianópolis 67,9%, Porto Velho 5,2%, Rio Branco 23,1%, São Paulo 97,0%, Boa Vista 90,1%, Fortaleza 55,3%, Macapá 11,3%, Salvador 88,1%, Teresina 37,9%, Manaus 22,1%, Goiânia 93,1%, Curitiba 99,9%, Aracaju 53,5%, Maceió 43,1%, São Luís 52,7%, Cuiabá 65,0%, Palmas 89,5%, Brasília 90,9%, Natal 43,3%, Recife 44,0%, Vitória 80,8%, Belém 17,3%.

Com relação aos estados, o índice de atendimento urbano por rede de esgoto supera 90% apenas em São Paulo (93,5%) e no Distrito Federal (90,9%). Na faixa de 80% a 90% estão os estados do Paraná (84,5%), de Minas Gerais (82,3%), e de Roraima (80,7%). Os estados do Rio de Janeiro, do Espírito Santo, do Mato Grosso e do Goiás variam nos percentuais de 60% a 70%.

O índice de atendimento urbano de esgoto nos estados da Bahia, da Paraíba e do Mato Grosso do Sul está na faixa de 40% a 60%. Nos estados do Rio Grande do Sul, do Ceará, do Pernambuco, do Tocantins, do Rio Grande do Norte, de Sergipe, de Santa Catarina, do Alagoas e do Piauí, o referido índice está entre 20% e 40%.

Dentre essas capitais destaca-se Curitiba (PR), cujo índice é de 99,9%, o maior do Brasil. Em contraste, apenas Belém (PA), Macapá (AP) e Porto Velho (RO) possuem um índice inferior a 20%, sendo Porto Velho (RO) a capital com o menor índice de atendimento do Brasil, o qual é de 5,2%.

Com informações da Agência Brasil

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