Gestão das redes sociais amplia mercado para micro e pequenas empresas

Explorar a humanização do conteúdo no Instagram é a próxima estratégia de Ana Claudia Montuan, de Maringá.

Diante das medidas de isolamento social por causa da pandemia, a internet se consolidou como ambiente ideal não apenas para apresentação de produtos e serviços, mas também para a realização de negócios. De acordo com a última pesquisa do Sebrae sobre o impacto da Covid, 70% dos micro e pequenos negócios já usam redes sociais, aplicativos ou outros recursos online para potencializar as vendas. O Whatsapp é a ferramenta mais popular, com 84% de adeptos. Além de trocar mensagens instantâneas com clientes, o empreendedor pode apresentar catálogos de serviços e ofertar links para pagamentos online. Na sequência, Instagram e Facebook aparecem com 54% e 51% de adesão, respectivamente. A criação de um site próprio para e-commerce ainda é pequena, com 23% das empresas investindo nessa tendência.

Os dados mostram que as redes sociais são a opção mais viável para a construção da presença digital das MPE. Esse é o caso da Encatare Doceria, de Maringá, na região noroeste do Paraná. A tecnóloga em alimentos Ana Claudia Montuan Ghelere começou a confeitaria no final de 2019, mas só no início da pandemia, ao sair do emprego, dedicou atenção exclusiva ao negócio. Sem ponto comercial, é pelas redes sociais que ela vende bolos de aniversário e caseiros e brownies.

Ana Claudia procurou atendimento em marketing digital no Sebrae/PR e profissionalizou o uso de ferramentas como o Whatsapp e o Instagram, que hoje concentram praticamente 100% das vendas. “O Instagram é a minha loja”, frisa. Para tornar o perfil atrativo, ela prepara as postagens da semana com receitas, dicas, mensagens, além de vídeos e fotos dos produtos. “Agora estou usando a estratégia de humanizar a marca, contando no perfil um pouco da minha história para que as pessoas me conheçam.”

Claudia Tatiane Moura, de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, apostou na comercialização de acessórios femininos e se formalizou como microempreendedora individual em julho do ano passado, em plena pandemia da Covid-19. Em função dos decretos municipais para minimizar a proliferação do vírus, a empresária apostou nas vendas virtuais para atrair a clientela.

O trabalho exige, conforme ela, uma rotina diária de divulgação dos lançamentos e do catálogo de produtos no Instagram. “O Instagram é um gatilho para chegar até os clientes, é uma vitrine muito importante. Parte das vendas eu finalizo pelo Whatsapp Business, já linkado com a rede social”, conta. Para ela, é importante estar atenta aos comentários e indagações dos clientes e responder o mais breve possível. “Tento facilitar e ser a mais transparente possível com as postagens. Todos os meus produtos são publicados com preços para facilitar a decisão do cliente”, comenta.

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